RESUMOObjetivou-se neste estudo fracionar os carboidratos e as proteínas e avaliar a cinética de degradação ruminal de rações contendo 0; 24; 48 e 72% de torta de girassol. Os carboidratos foram fracionados em A+B1, B2 e C, e as proteínas em A, B1+B2, B3 e C. Os parâmetros de cinética de degradação ruminal das rações foram estimados a partir do método semiautomático de produção cumulativa de gases in vitro. Foram utilizados quatro animais ½ Gir x ½ Holandês, machos e castrados, fistulados no rúmen, mantidos em pastagem e recebendo 1kg de ração concentrada, como doadores de inócuo ruminal. O ensaio foi realizado em delineamento em blocos ao acaso, com quatro rações e quatro períodos, e os resultados obtidos foram interpretados de acordo com a análise de variância e de regressão a 5% de significância. Houve efeito linear decrescente para o fracionamento de carboidratos totais e a fração A+B1, e efeito linear crescente sobre as frações B2 e C. Para as frações nitrogenadas, houve efeito linear crescente sobre a fração A, e efeito linear decrescente sobre as frações B1+B2 e C. Em relação à cinética de degradação ruminal in vitro, houve efeito decrescente sobre o parâmetro "a", e efeito quadrático sobre os parâmetros "b" e "c", com pontos de máxima, respectivamente, de 61,84 e 66,77% de torta de girassol. A inclusão da torta de girassol nas rações suplementares, nos teores estudados, influenciou nas frações dos carboidratos, das proteínas e nos parâmetros de degradação ruminal. Caso haja a disponibilidade desse ingrediente, ele pode ser adicionado à ração suplementar de bovinos sem prejuízo nos parâmetros nutricionais e metabólicos.
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