Efeitos do agrotóxico Vertimec no fitoplâncton: um estudo laboratorial e "in situ"

Abstract

Efeitos do agrotóxico Vertimec® no fitoplâncton: um estudo laboratorial e "in situ"São Carlos -SP AGRADECIMENTOSAo Prof. Evaldo pela confiança e absolto apoio ao trabalho.À CAPES pela bolsa concedida.À Maria José Dellamano pela contribuição na identificação do material fitoplânctonico e nos procedimentos de laboratório.À a Prof. Odete pela contribuição ao trabalho.As amigas Andréa Novelli, Andréa Braun, Anna Maria Vasconcelos, Maria Edna Nunes e Patrícia Giloni pelo trabalho em equipe que permitiu a realização deste trabalho e pela amizade.As colegas Natália F. Negreiros e Renata M. dos Santos pela ajuda no laboratório. Aos técnicos Marcelo Menezes Nogueira e Amândio Menezes Nogueira que contribuíramintensamente para a realização deste trabalho.Aos funcionários do CRHEA.À minha mãe e aos meus irmãos, que são a minha base e o meu alento.Ao Marco Aurélio pelo carinho, incentivo e alegria.Aos professores Alice Derbócio e Ricardo Gentil pelo incentivo e apoio. Agrotóxicos são produtos químicos aplicados no ambiente para controlar as espécies que causam danos às culturas agrícolas. No entanto, podem atingir espécies não-alvo ao serem carreados para os ecossistemas aquáticos e ainda causar sérios danos a saúde humana. Dentre os diversos agrotóxicos destaca-se o Vertimec ® , utilizado em várias culturas agrícolas, incluindo morango e batata, produtos que compõem a renda econômica de muitos produtores rurais. Porém, apesar de seu uso intenso, existe ainda uma carência de estudos sobre seus potenciais riscos a biota terrestre e aquática. Dentro desse contexto, procurou-se avaliar os efeitos da aplicação do Vertimec ® sobre o fitoplâncton, por meio de estudos laboratoriais (bioensaio unialgal com Pseudokirchneriella subcapitata) e "in situ" (composição e densidade, em mesocosmos) a partir da simulação da contaminação do solo com Vertimec ® e posterior carreamento ao corpo hídrico, utilizando a água do runoff em bioensaio unialgal; da adição da água do runoff em mesocosmos, em quatro tratamentos (controle, runoff contaminado, não contaminado e adição direta do contaminante), avaliando os efeitos na estrutura da comunidade e do bioensaio unialgal com Abamectina, principal princípio ativo do Vertimec ® . Os resultados obtidos demonstram que os efeitos do runoff sobre a densidade celular de P. subcapitata não ocorreram em função do produto aplicado e sim pela elevada turbidez das amostras. Nos testes com a água dos mesocosmos, os tratamentos que receberam o runoff estimularam o crescimento de P. subcapitata, indicando o efeito do aporte de nutrientes ao meio de cultura, enquanto menores densidades ocorreram no tratamento com adição direta de Vertimec ® , porém, ainda maiores em relação ao controle. Na análise da estrutura da comunidade de fitoplâncton nos mesocosmos, verificou-se alterações nas características físicas e químicas da água (pH, oxigênio dissolvido, turbidez, condutividade e nutrientes), caracterizando efeitos do runoff (com ou sem Vertimec ® ) ou da adição direta do contaminante, os quais implicaram em mudanças...

COMPARING ECOLOGICAL RISKS OF PESTICIDES ON UNICELLULAR FRESHWATER GREEN ALGA; Pseudokirchneriella subcapitata Using A Risk Quotient RANKING APPROACH.

“…The ecological risk caused by abamectin is presumed to be more serious than by amamectin benzoate (Table 3). Although abamectin is not directly used in aquatic ecosystems, it may have adverse effects on aquatic biota either phytoplankton (Wislocki et al, 1989;Vieira, 2010) or zooplankton (Novelli, 2010) through direct application as well as via runoff from experimentally contaminated plots. Additionally, ivermectin compounds showed worst case risk presumptions (RQ= 1.05-36.2) and many efforts were made to prevent repeated entry in aquatic environments and thus its accumulation in sediments (Garric et al, 2007).…”

Efeito Dos Herbicidas Imazapir E Imazapique Na Comunidade Fitoplanctônica Em Lavoura De Arroz Irrigado

“…De qualquer forma, trabalhos futuros deverão abordar ambientes mais próximos de sistemas naturais para cumprir um amplo perfil de toxicidade e potencializar riscos ambientais, a fim de estabelecer relações causa-efeito de contaminantes de maneira a considerar outros organismos da cadeia trófica (Wendt-Rasch et al 2004). Gradativamente, está mais usual técnicas para avaliação da contaminação de sedimentos em bioensaios in situ, os quais consistem em expor diferentes organismos teste no próprio ambiente (Meregalli et al 2000, Dornfeld et al 2006, Pérez 2007, Vieira 2010, Reinch et al 2014) avaliando as respostas reais do funcionamento da área de estudo em questão.…”

Efeitos do agrotóxico Vertimec® 18 EC para o zooplâncton e fitoplâncton: análises laboratoriais com o produto comercial e amostras de mesocosmos artificialmente contaminados

“…As algas são bons indicadores, pois são produtores primários dominantes na cadeia alimentar, possuem ciclo de vida curto, crescimento populacional acelerado e são sensíveis a uma ampla gama de compostos tóxicos, sendo utilizadas na avaliação da toxicidade de diversos produtos químicos, dentre eles os agrotóxicos (SABATER e CARRASCO, 2001;MA, et al, 2002;FENT, 2003;TIŠLER e ERŽEN, 2006;GARRIC et al, 2007;CÁCERES, et al, 2008;VIEIRA, 2010). Entre os parâmetros de avaliação dos testes com algas destacam-se as medidas do decréscimo na taxa de crescimento ou na biomassa final e a inibição da fotossíntese.…”

“…Vários estudos de campo (mesocosmos) e laboratório foram realizados nos últimos anos com o produto comercial Vertimec ® 18 EC, envolvendo organismos de diferentes níveis tróficos: Pseudokirchneriella subcapitata (VIEIRA, 2010;BRAUN et al, 2010), Pistia stratiotes (BASTOS, 2010), Danio rerio (MENDES, 2011), Lithobates catesbeianus (VASCONCELOS et al, 2011), Daphnia similis (BRAUN et al, 2010;NOVELLI et al, 2011), Ceriodaphnia dúbia (BRAUN et al, 2010) e Ceriodaphnia silvestrii (PEREIRA, et al, 2012). Os resultados revelaram as interações do produto comercial Vertimec ® 18 EC com o ambiente, indicando efeito tóxico mesmo em baixas concentrações para organismos aquáticos.…”