ResumoObjetivo: Discutir os efeitos da exposição à altitude sobre as funções neuropsicológicas. Método: Foi realizada uma revisão de literatura usando como fonte de pesquisa artigos indexados no Pubmed, no período de 1921 a 2008, utilizando as palavras-chave "cognition and hypoxia", "hypoxia and neuropsychology", "acute hypoxia", "chronic hypoxia" e "acclimatization and hypoxia", além de livros específicos do assunto. Discussão: Os efeitos agudos e crônicos da hipóxia podem alterar inúmeras funções neuropsicológicas em diferentes altitudes, decorrentes de alterações fisiológicas que resultam da diminuição parcial de oxigênio (O 2 ), que podem levar as alterações neuropsicológicas, como atenção, memória, tomada de decisão e demais funções executivas, em indivíduos expostos a grandes altitudes. Conclusão: Indivíduos que se expõem às grandes altitudes devem utilizar suplementação de O 2 e prática de aclimatização, entre outras estratégias para minimizar os efeitos negativos da hipóxia nos aspectos neuropsicológicos.
Descritores
IntroduçãoAtualmente, há uma grande procura por práticas de atividades físicas relacionadas à altitude, como caminhada, montanhismo e esqui, no Brasil e em diversos outros países. Além disso, passeios e estadias em altitudes elevadas por períodos curtos ou prolongados a trabalho também são muito praticados 1,2 . A elevação da altitude faz com que a pressão barométrica em relação ao nível do mar diminua, resultando em uma redução da pressão parcial de oxigênio (O 2 ) para o organismo (sangue e tecidos corporais) 3 . A esta diminuição da parcialidade da oferta de O 2 denomina-se hipóxia, responsável por respostas às grandes altitudes 4 . Portanto, de modo geral, os efeitos agudos e crônicos da hipóxia podem acarretar no ser humano alterações fisiológicas e também cerebrais.