As plantas daninhas competem com as culturas por fatores limitantes do meio em que vivem, portanto, estudos que apontem a resposta germinativa de sementes submetidas a estresses artificiais são importantes para entender a capacidade de sobrevivência e adaptação destas espécies sob condições de estresse naturais. Objetivou-se neste trabalho avaliar o efeito das condições salinas e térmicas sobre a germinação e vigor de sementes de Amaranthus deflexus L. Foram instalados dois experimentos, com semeadura realizada em placas de petri contendo duas folhas de papel de filtro umedecidas com água destilada (controle) ou com soluções de NaCl. No experimento 1 utilizou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado (DIC), em esquema fatorial 2 x 6, constituído de dois fotoperíodos (12h luz e 24h escuro) e seis níveis de estresse salino (0; -0,3; -0,6; -0,9; -1,2 e -1,5 MPa), totalizando doze tratamentos, com quatro repetições. Ao final do teste, as sementes que não germinaram foram lavadas e colocadas em substrato papel toalha, umedecido com água para hidratação e estimular o processo germinativo. No experimento 2 utilizou-se um DIC com oito tratamentos (germinação sob 20; 25; 30; 35; 40°C, 20/30; 25/35 e 30/40°C) e quatro repetições cada. O estresse salino afetou negativamente o vigor das sementes de A. deflexus desde o nível de estresse de -0,3 MPa. O vigor das sementes foi comprometido pela ausência de luz, independentemente dos níveis de estresse aplicados. Houve superioridade na percentagem final de germinação e o índice de velocidade de germinação das sementes de A. deflexus na temperatura de 25°C constante e no regime alternado de 25-35°C. O procedimento multivariado discriminou os tratamentos 1 e 2 como superiores no dendograma A, bem como 4, 5 e 6 no dendograma B, configurando-se como método robusto para inferência em experimentos fatoriais sobre o comportamento germinativo.