A prevalência do câncer de cabeça e pescoço vem aumentando cada vez mais e está associado a dor, desfiguração, disfunção, sofrimento psicossocial e morte. Dentre as formas de tratamento existem a radioterapia, quimioterapia, cirurgia, assim como sua combinação. Uma das maiores complicações da radioterapia é a osteorradionecrose. Apresenta xerostomia, e consequentemente cáries por radiação, que aparecem devido a uma alteração na microbiota oral, criando um ambiente mais ácido. Esses micro-organismos causam uma inflamação no interior do dente que posteriormente evolui para uma necrose pulpar. Com isto, o objetivo deste trabalho é realizar uma revisão na literatura que evidencie como realizar um tratamento endodôntico atraumático, destacando a conduta para tratamento endodôntico em pacientes oncológicos e como evitar a osteoradionecrose dos maxilares. Foram utilizadas estratégias de busca em cinco bases de dados: PubMed; Cochrane; LILACS; Web of Science; e Scopus, com as palavras chave: “head neck cancer”, “root canal therapy”, “endodontic treatment”. O principal motivo para realizar o tratamento endodôntico é o fato de conseguir-se realizar um tratamento mais conservador sendo uma alternativa para evitar a extração do dente e diminuir a possibilidade de causar osteonecrose. Em pacientes que estão na fase de pré tratamento radioterápico, o protocolo sugere a realização de um tratamento normal. Nas fases durante e pós tratamento por irradiação, a limpeza dos canais deve ser atraumática. Se um dente possuir estrutura suficiente, compatível com um bom prognóstico de reabilitação, porém com uma lesão inflamatória ou uma inflamação pulpar irreversível, o tratamento endodôntico é o ideal.