No julgamento do conforto ou desconforto dos animais comumente são utilizados índices bioclimáticos. Os índices mais empregados nesse tipo de avaliação são: índice de temperatura do globo negro e umidade (ITGU), índice de temperatura e umidade (ITU), e carga térmica radiante (CTR), por possuírem relação com indicadores fisiológicos e comportamentais dos animais. O ITU, não absorve efeitos da carga térmica de radiação. Por esse motivo, o ITGU e CTR, são mais indicados para sistemas de criação extensiva ou mesmo confinado, com carga térmica elevada, uma vez que, dependem da temperatura do globo negro (TGN), medida capaz de inferir sobre a homeotérmica dos animais. Todavia, a maioria das estações meteorológicas brasileiras não dispõem da TGN, o que dificulta a estimativa da quantidade de carga térmica a qual os animais ficam expostos. Portanto, o uso de variáveis meteorológicas para a elaboração de equações de estimativa da TGN, é de grande importância em ações de planejamento em diferentes sistemas de produção animal. Igualmente, os índices estatísticos empregados na avaliação do desempenho dessas equações de estimativa, são fundamentais para a sua validação. Logo, objetivou-se realizar uma revisão para elucidação de índices bioclimáticos, modelagem matemática e índices estatísticos para avaliação de modelos utilizados na estimativa do conforto térmico animal.