O termo material álcali-ativado é utilizado para definir argamassas, concretos e grautes obtidos com uso da matriz cimentícia álcali-ativada, isto é, cimento álcali-ativado, que é o material derivado da reação de uma fonte de metal alcalino com pó de silicato sólido. No entanto, na literatura é possível encontrar a descrição desse material com o uso de variadas nomenclaturas, que incluem: cerâmica alcalina, geocimento, geopolímero, hidrocerâmica, polímero inorgânico, vidro de polímero inorgânico, polímero mineral, cimento alcalino e uma variedade de outros nomes, incluindo várias marcas comerciais. Apesar dessa variedade de terminologia, todos descrevem materiais sintetizados utilizando a mesma tecnologia: ativação alcalina. Portanto, o foco do presente capítulo é elucidar as principais características, mecanismos químicos e produtos resultantes dos diferentes sistemas de álcali-ativação, conforme a literatura disponível. As principais fontes de informação foram artigos científicos disponíveis nos principais periódicos nacionais e internacionais, além de livros de referência na temática e normas técnicas. Desse modo, verificou-se que os cimentos álcali-ativados abrangem sistemas que apresentam altos teores de silício e cálcio, como as escórias de alto forno, e sistemas que apresentam baixo teor de cálcio, predominando o silício e o alumínio, como o metacaulim e a cinza volante classe F. Esse último sistema é comumente chamado de geopolímero. A combinação de materiais com baixo e alto teor de cálcio deu origem aos sistemas mistos, como exemplo o cimento composto de escória de alto forno e cinza volante. Essa subdivisão baseia-se no teor de cálcio presente no sistema, que desempenha um papel essencial na definição do conjunto de fases que compõe o material endurecido. Dessa forma, os cimentos álcali-ativados podem ser classificados em três tipos: sistemas de baixo teor de cálcio; sistemas de teor intermediário de cálcio; e sistemas de alto teor de cálcio.