O Estudo Educatel 2015/2016 foi delineado para avaliar a saúde e as condições do trabalho realizado nas escolas, de uma amostra representativa dos 2.220.000 professores que atuavam na Educação Básica no Brasil. O objetivo do artigo foi descrever as bases e o delineamento da pesquisa telefônica, que utilizou questionário composto por 54 perguntas curtas e simples, a maioria composta de respostas preestabelecidas (questões fechadas), versando sobre morbidades, acidentes, absenteísmo, frequência dos comportamentos saudáveis, ambiente físico e psicossocial, e características do emprego. Na etapa piloto, o questionário multitemático foi avaliado a fim de verificar os efeitos da terminologia usada, o formato das questões e das alternativas de resposta, a organização interna das perguntas, a produção das respostas e a duração da entrevista. O treinamento dos entrevistadores, o acompanhamento e a escuta das chamadas em tempo real buscaram identificar problemas de comunicação. Os professores foram entrevistados na escola, após contato prévio com o assistente escolar para agendamento. Para interpretar os resultados, alerta-se sobre as vantagens e riscos de vieses relacionados à modalidade de entrevista por telefone. Os resultados sobre o perfil dos professores, adoecimento e ambiente escolar fornecerão insumos para a elaboração de ações intersetoriais para melhorar a saúde do grupo alvo que, de acordo com as concepções que foram aqui apresentadas, estaria relacionada aos indicadores educacionais brasileiros.