Analisar o desfecho dos tratamentos da hepatite C crônica com os antivirais de ação direta em pacientes coinfectados com vírus da imunodeficiência humana, tanto em relação à efetividade quanto à segurança terapêutica. Estudo transversal e unicêntrico, com abordagem quantitativa, conduzido em um ambulatório público de referência em hepatites virais do Ceará. Foram coletadas informações demográficas e clínicas em prontuários de pacientes com coinfecção vírus da hepatite C e vírus da imunodeficiência humana tratados entre outubro de 2015 e fevereiro de 2022. A maioria dos pacientes era do sexo masculino, faixa etária de 40 a 60 anos, infectados pelo genótipo 1 do vírus da hepatite C e tratados com os antivirais sofosbuvir e daclatasvir. Apenas 7,9% apresentaram falha terapêutica, sendo 66,7% destes infectados pelo genótipo 3. A maioria (35; 92,1%) dos pacientes obteve resposta virológica sustentada. Reações adversas leves foram documentadas na menor parcela dos indivíduos. O genótipo 3 parece ser um desafio no regime terapêutico da população com coinfecção vírus da hepatite C e vírus da imunodeficiência humana.