A musculação, embora não seja uma modalidade comumente aplicada na escola, tem se tornado uma atraente estratégia pedagógica capaz de promover a saúde e estimular os seus praticantes a adotarem um estilo de vida saudável. Este estudo teve por objetivo avaliar a aptidão física relacionada à saúde em escolares praticantes de musculação. A amostra foi composta por 132 adolescentes matriculados nas turmas de musculação em uma escola pública do Ceará. A aptidão física relacionada à saúde foi avaliada através da coleta dos dados antropométricos, de composição corporal, dos níveis de flexibilidade, resistência abdominal e aptidão aeróbica, antes e após o período letivo. Os resultados evidenciaram um aumento dos níveis de flexibilidade (26,55±9,87 vs. 27,43±9,6), resistência abdominal (34,88±8,21 vs. 46,38±8,1) e resistência aeróbica (717,9±68,23 vs. 734,96±62,37), entretanto, este incremento não foi capaz de classificá-los fora da zona de risco à saúde cardiovascular. Em conclusão, a prática de musculação ampliou os parâmetros da aptidão física relacionada á saúde, especialmente musculoesquelética, porém, revelou a necessidade de uma melhor sistematização no treinamento aeróbico com vistas à melhora da saúde cardiovascular destes escolares.