A prematuridade associa-se a altas taxas de morbidade e mortalidade neonatal, principalmente quando associado ao baixo peso, menor idade gestacional e imaturidade global de vários órgãos e sistemas. A prematuridade é portanto, um problema de saúde pública que afeta 11,5 % de nascidos vivos no Brasil, podendo levar a morte ou à internação prolongada nas unidades de terapia intensiva neonatal. Esse período de internação, se não for bem acompanhado, pode acarretar várias sequelas sensório-motoras. A intervenção precoce é um conjunto de ações que irão potencializar um desenvolvimento neuropsicomotor adequado através de uma avaliação criteriosa e assistência fisioterapêutica personalizada. O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão bibliográfica para identificar as principais estratégias fisioterapêuticas de intervenção precoce nos recém-nascidos prematuros em unidade de terapia intensiva neonatal. Para isso foi realizado um levantamento nos manuais do Ministério da Saúde e em artigos publicados nos últimos dez anos, em bases de dados como Scientific Electronic Library Online (SciELO), Literatura Latina Americana em Ciência de Saúde (LILACS), Google Acadêmico, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Physiotherapy Evidence Database (PEDro) e PubMed, entre Novembro de 2017 e Abril de 2018. Utilizando as palavras-chaves de acordo com a classificação dos Descritores em Ciências da Saúde (DCS): prematuridade, intervenção precoce, fisioterapia, recém-nascidos e unidade de terapia intensiva e seus correlatos na língua inglesa prematurity, early intervention, physiotherapy, newborn, intensive care unit. Foram selecionados 96 artigos dentre eles 40 excluídos, pelo fato de não estarem de acordo com a temática proposta ou data fora inferior a estabelecida. É necessário estabelecer programas de intervenção precoce, através de estratégias auditivas, visuais, motoras, táteis-cinestésicas, proprioceptivas e vestibulares, pelo fisioterapêutica de forma contínua e sistematizada nas UTIN, associadas a ações coletivas de toda equipe multiprofissional. A fim de minimizar sequelas neuropsicomotoras, redução do tempo de internação e maior chance de sobrevivência com qualidade de vida a curto e longo prazo.