This study aimed to identify differences in wing shape among populations of Melipona quadrifasciata anthidioides obtained in 23 locations in the semi-arid region of Bahia state (Brazil). Analysis of the Procrustes distances among mean wing shapes indicated that population structure did not determine shape variation. Instead, populations were structured geographically according to wing size. The Partial Mantel Test between morphometric (shape and size) distance matrices and altitude, taking geographic distances into account, was used for a more detailed understanding of size and shape determinants. A partial Mantel test between morphometris (shape and size) variation and altitude, taking geographic distances into account, revealed that size (but not shape) is largely influenced by altitude (r = 0.54 p < 0.01). These results indicate greater evolutionary constraints for the shape variation, which must be directly associated with aerodynamic issues in this structure. The size, however, indicates that the bees tend to have larger wings in populations located at higher altitudes.Keywords: stingless bee, Meliponini, altitude, partial correlation, geometric morphometrics.Tamanho e Forma em Melipona quadrifasciata anthidioides Lepeletier, 1836 (Hymenoptera; Meliponini)
ResumoEste trabalho avaliou a divergência de forma entre populações de Melipona quadrifasciata anthidioides, utilizando caracteres morfométricos em 23 localidades da região semi-árida do estado da Bahia (Brasil). As análises das distâncias de Procrustes entre as formas médias das asas indicaram que não há estruturação populacional para a variação dessa estrutura. Entretanto, nossas análises demonstraram que as populações estavam estruturadas geograficamente pelo tamanho das asas. O teste parcial de Mantel entre matrizes de distâncias morfométricas (forma e tamanho) e altitude, levando em conta as distâncias geográficas, foi utilizado para uma compreensão mais detalhada dos determinantes de tamanho e forma. O teste de Mantel entre as variações morfométricas (forma e tamanho) e altitude, tendo em conta as distâncias geográficas, revelou que o tamanho (mas não a forma) é amplamente influenciado pela altitude (r = 0,54 p < 0,01). Tais resultados indicam maiores restrições evolutivas para a variação de forma, o que deve estar diretamente associado às questões aerodinâmicas dessa estrutura. O tamanho, por outro lado, indica que as abelhas estudadas tendem a apresentar asas maiores nas populações localizadas em regiões de maior altitude.Palavras-chave: abelhas sem ferrão, altitude, correlação parcial, Meliponini, morfometria geométrica.