“…Segundo dados do Atlas da Violência, desde 2006 estes índices vêm diminuindo também no país, reflexo da mudança do regime demográfico rumo ao envelhecimento da população e à diminuição do número de jovens, da implementação de ações e programas qualificados de segurança pública em Research, Society and Development, v. 11, n. 11, e492111134017, 2022 (CC BY 4 Desde 2006 o grupo etário de 20 a 40 anos incompletos vem apresentando taxas anuais abaixo da média do período, porém, ainda continua a ser o mais exposto ao agravo. Em estudo realizado em Belo Horizonte, Minas Gerais, no período de 2002 a 2012 a idade média de morte por homicídio se concentrou na faixa entre 20 a 30 anos, variando de 25,4 anos a 28,8 anos (Diasa et al, 2019); em estudo realizado em Diamantina, Minhas Gerais, de 2001 a 2012, o grupo etário de 30 a 39 anos foi de maior risco para mortalidade por agressões, com coeficiente de mortalidade acumulado igual a 236,1 em 100.000 habitantes (Corassa et al, 2017), em estudo realizado na cidade de São Paulo, de 1996 a 2015, observou-se, que, independentemente do sexo, a maior taxa de homicídio ocorreu entre 20 e 24 anos, e diminuiu progressivamente à medida que a idade aumentou a partir dessa faixa etária em diante (Andrade et al, 2022), em estudo realizado em Belém, em 2019, verificou-se que mais da metade das vítimas de homicídios é composta por jovens de 18 a 34 anos, e quase 96% das vítimas são adultos em idade produtiva, ou seja, possuem menos do que 65 anos (Costa et al, 2020), em estudo realizado em estados das regiões Nordeste e Sudeste no período de 1980 a 2014, analisando homicídios em homens, todos os estados apresentaram aumento da mortalidade até a terceira década de vida, com redução progressiva nas demais faixas etárias. Exceção à São Paulo, que apresentou perfil inverso, todos os estados apresentaram aumento do risco de morte nas faixas etárias mais jovens, com tendência ascendente de homicídios em homens para todos os estados da Região Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo, sendo que nos demais, houve descendência das taxas (Borges et al, 2019).…”