Introdução: A Síndrome Pré-menstrual (SPM), com início de uma a duas semanas antes da menstruação, engloba um padrão recorrente de sintomas físicos, afetivos e comportamentais, podendo ser agravados por fatores externos, como hábitos de vida e condição socioeconômica, afetando negativamente as atividades diárias. Objetivo: Analisar a relação entre a síndrome pré-menstrual e a possibilidade de reabilitação. Método: Revisão integrativa da literatura realizada através da leitura de portais oficiais de órgãos públicos e da busca eletrônica na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), no PubMed e na Scientific Electronic Library Online (SciELO). Resultados: Nessa revisão integrativa foram selecionados 41 estudos primários publicados nos últimos 5 anos, disponíveis gratuitamente e nos idiomas inglês e português. Discussão: Com relação às técnicas não farmacológicas, observou-se que os métodos de exercício físico, dieta, medicina tradicional iraniana, suplementação de vitamina D e terapia cognitivo-comportamental obtiveram boa eficácia na atenuação dos sintomas da SPM, como dismenorreia e alterações de humor; o tratamento com auriculoterapia mostrou resultados semelhantes ao uso de placebo; outros como acupuntura e acupressão não trouxeram resultados conclusivos. Entre os métodos farmacológicos, o tratamento padrão preconizado é por meio de anticoncepcionais orais combinados. Além disso, o uso de inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRSs) pode aumentar a quantidade de serotonina para neurotransmissão e consequentemente melhorar os sintomas da SPM. Os moduladores seletivos do receptor de estrogênio oferecem uma estratégia segura para manejo de sintomas, inclusive os de menopausa. O uso de moduladores do receptor de progesterona, por outro lado, mostrou maior controle de comportamentos agressivos. Por fim, um estudo multicêntrico realizado na Suécia mostrou resultado promissor do neuroesteroide endógeno em comparação ao uso de anticoncepcionais orais combinados. Conclusão: Há fortes indícios de melhora dos sintomas da SPM diante das diversas possibilidades para sua reabilitação, sejam elas farmacológicas ou não-farmacológicas.