A eficiência dos sistemas de remediação, como a oxidação química in situ (ISCO) é fortemente restringida pela presença de heterogeneidades nos valores de permeabilidade. As incertezas relacionadas à presença de heterogeneidades nos aquíferos em relação aos sucessos dos sistemas de remediação podem ser determinadas por intermédio de simulações estocásticas, embora tal metodologia não tenha sido empregada comumente para problemas envolvendo ISCO. Em decorrência deste cenário, foi objetivo deste trabalho desenvolver um procedimento metodológico para prever a eficiência da técnica de remediação por oxidação química in situ a partir do emprego de simulações estocásticas e simulações numéricas de fluxo e transporte. No caso hipotético simulado, foram gerados 30 campos randômicos tridimensionais equiprováveis de condutividade hidráulica e a eficiência da remediação foi testada em todos estes cenários. Os resultados indicam que o sistema de remediação proposto será ineficiente em 100% dos casos, invocando a necessidade de alterações no projeto inicial, tais como número de pontos e tempo de injeção. O elevado grau de incerteza identificado no cenário de contaminação admitido sugere ainda que novas investigações sejam realizadas para redução de incertezas e previsões mais realistas.