Introdução: O aleitamento materno é fundamental para a saúde infantil, oferecendo benefícios nutricionais, imunológicos e cognitivos. Dessa forma, a amamentação apresenta um papel importante na redução de comorbidade e mortalidade nas crianças. Durante a pandemia da COVID-19, a Atenção Primária, por meio as consultas de puericultura, foram prejudicas na função de acompanhar e incentivar o aleitamento materno exclusivo. Objetivo geral: Analisar o impacto do isolamento social devido à pandemia na prática de aleitamento materno em crianças de até 2 anos atendidas em três unidades de saúde. Método: Trata-se de uma coorte retrospectiva, com base na coleta de dados em prontuários de puericulturas realizadas em 3 unidades de saúde, entre março e dezembro de 2020, de pacientes de 0 a 2 anos. Os critérios de exclusão foram pacientes com contraindicação à amamentação ou prontuários com informações incompletas. Resultados: O aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida, foi identificado em 38,8% da amostra. A idade de amamentação materna exclusiva entre as crianças variou de 0,3 meses a 8 meses. A idade média foi de 4,7 meses. Discussão: A adesão ao aleitamento materno exclusivo foi baixa, em comparação com as recomendações da Organização Mundial da Saúde, evidenciando a lacuna entre as diretrizes de saúde e a prática real. Aspectos como falta de suporte, questões culturais e retorno ao trabalho contribuem para essa disparidade. Em 2020, observa-se um aumento significativo no aleitamento materno exclusivo, possivelmente relacionado ao maior convívio entre mãe e bebê, sendo uma influência positiva, mas o estresse pandêmico pode impactar negativamente a amamentação. As limitações da pesquisa incluem representatividade da amostra e falta de detalhes sobre a escolha alimentar. Conclusão: Conclui-se que há uma baixa adesão ao aleitamento materno exclusivo e que é preciso reforçar estratégias mais específicas para apoiá-la. O acesso aos serviços de saúde é importante para orientar e incentivar o aleitamento materno.