A trombose venosa profunda é uma importante causa de morbimortalidade no mundo, principalmente no âmbito intra-hospitalar, justificando seu tratamento e também profilaxia quando necessário. Os métodos de indução de trombose venosa profunda em animais são fundamentais para o estudo da fisiopatologia da doença, assim como para testes de drogas antitrombóticas. Os objetivos do trabalho foram avaliar e comparar dois métodos de indução de trombose venosa profunda em ratos: o modelo por estase venosa, amplamente descrito na literatura, e o modelo por lesão endotelial, com poucos estudos, principalmente em ratos. Foram usados ratos machos Wistar para indução da trombose venosa profunda. Para estase foi dissecada e ligada a veia cava inferior por 3 horas e após retirado o segmento com a veia contendo o trombo. Para o modelo de lesão endotelial, foi aplicado por 1 minuto um pedaço de papel filtro embebido em FeCl3 e avaliado o segmento após 1 hora. Em ambos os modelos foram avaliados o peso úmido e a área de oclusão. Para o peso úmido obteve-se comparando os métodos de lesão endotelial e estase respectivamente: 17,7mg (±3,0mg) vs. 2.34mg (±1,8mg) com P<0,001. Para a área de oclusão obteve-se comparando os métodos de lesão endotelial e estase respectivamente: 85,11% (±9,67%) vs. 40,83% (±33,14%), com P<0,05. Em todas as variáveis o método de lesão endotelial possuiu resultados superiores ao método de estase venosa, mostrando ser mais reprodutível.