RESUMO O estresse hídrico pode ser desejável por promover aumento da produção de fitoquímicos e bioativos antioxidantes, mas também impactam no tamanho das folhas, acúmulo de mucilago e outros metabólitos. Grande parte da produção de alimentos perdida, é representada por vegetais. Resíduos de frutas e hortaliças são ricos em fibras e bioativos antioxidantes. O objetivo deste estudo é avaliar a ação de resíduos vegetais (FFH e casca de cebola) no acondicionamento do solo em condições de estresse abiótico associado ao teor de compostos fenólicos totais. O experimento foi realizado na casa de vegetação do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) no período de 25/03 a 04/09 de 2019. As análises do solo foram umidade (U), capacidade de retenção de água (CRa) e respiração basal (RBS); já nas folhas de alface foram analisadas altura, teor total de fenólicos e atividade antioxidante por FRAP. Todas as análises foram feitas em triplicada e no tratamento dos dados foram aplicadas análise de variância e teste de Tukey (p< 0,05). O solo adicionado de FFH 3% apresentou boa resposta quanto aos parâmetros U, CRa e RBS, propiciando crescimento das folhas de alface em 86 dias, em contrapartida ao solo sem adição de fertilizante, 122 dias. Não houve crescimento no solo com adição de FCC 10%. O solo com FFH 3% promoveu aumento significativo do teor de compostos fenólicos e a capacidade antioxidante das folhas de alface, mostrando alto potencial para aplicação da produção agrícola, visando melhora do perfil nutricional, bem como redução hídrica durante cultivo.