RESUMOIntrodução. O objetivo deste estudo foi verificar o tempo médio para aquisição da marcha com órtese longa e aditamentos na Mielomeningocele do nível de lesão lombar alto, bem como a duração e os fatores que interferem na permanência desta função ao longo do tempo. Mé-todo. Neste estudo retrospectivo tipo observacional, pacientes foram triados por uma listagem médica, selecionando apenas os com nível lombar alto. Foi aplicado um questionário no paciente e realizado exame físico. Resultados. Os pacientes foram separados em grupo 1 (5 a 10 anos e 11 meses) e grupo 2 (11 a 16 anos e 11 meses). Foram incluídos 51 pacientes, 28 do grupo 1 e 23 do grupo 2. O tempo médio para aquisição da marcha com órtese longa nos dois grupos foi de 2,1 anos, e foi mantida por 1,9 anos após alta da Fisioterapia. Os fatores que interferiram na marcha foram idade de início e tempo do treino, número de intervenções ortopédicas, deformidades, sobrepeso e motivação. Conclusão. Quanto mais cedo se inicia o treino de marcha em Fisioterapia e quanto mais tempo permanece no mesmo, maior é a permanência dessa função em longo prazo. O abandono da órtese longa ocorre conforme o paciente cresce e almeja por funcionalidade.Unitermos. Mielomeningocele, Reabilitação, Marcha.Citação. Santos AMI, Barbosa EC, Pinheiro DL, Torini KA, Chang AL, Justo AB. Aquisição e Permanência da Marcha com Órtese Longa na Mielomeningocele Nível Lombar Alto.
ABSTRACTIntroduction. The objective of this study was to estimate the mean time for acquisition of ambulation in patients with upper lumbar (UL) myelomeningocele (Mye) using long orthosis (LO); to estimate determinants of persistently using LO. Method. Children from 5 to 17 years of age, with UL Mye, that used LO and received physical therapy for ambulation. Patients were screened by a medical listing, selecting only those with high lumbar level. A questionnaire was administered on the patient and physical examination. Results. The patients were divided into group 1 (5 to 10 years and 11 months) and group 2 (11 to 16 years and 11 months). The study included 51 patients, 28 from Group 1 and Group 2. Mean time for ambulation using LO was 2.1 years; use of LO was maintained for a mean of 1.9 years after being discharged from physical therapy. Factors positively associated with ambulation were age of training onset and duration of training (p=0.0151 e r 2 0.1146), number of surgeries (p=0.074), deformities, overweight and motivation. Conclusion. Earlier onset of training for ambulation and duration of training are associated with increased maintenance of LO use. Use of LO decreases with age (when children seek increased functionality).