Objetivo: Avaliar as percepções de profissionais da saúde sobre situações de erros de medicação associado a rotulagem. Métodos: Estudo transversal com 1.056 técnicos de enfermagem, enfermeiros e farmacêuticos entrevistados em 10 capitais brasileiras. Avaliamos a percepção dos participantes sobre a dificuldade em diferenciar ou ver as informações nos rótulos, a probabilidade de ocorrer um erro de medicação e a frequência de erros de medicação, incluindo: 1) frascos ou rótulos semelhantes; 2) duas embalagens do mesmo medicamento, mas com doses diferentes; 3) rótulos de ampolas; 4) rótulos das embalagens blister; e 5) etiquetas impressas nas embalagens secundárias. Resultados: A maioria dos participantes relatou ser difícil ou muito difícil diferenciar entre frascos idênticos (82,4%) e entre diferentes doses do mesmo medicamento (82,5%). A identificação de informações importantes sobre ampolas, blisters e embalagens secundárias foi considerada difícil ou muito difícil por 89,9%, 64,4% e 48,9% dos participantes, respectivamente. Aproximadamente metade dos participantes relatou que um erro era mais provável de ocorrer em situações envolvendo dificuldade em ver as informações em uma ampola, rótulos semelhantes e embalagens do mesmo medicamento, mas com doses diferentes. Conclusão: A dificuldade em pelo menos uma das situações que envolvem a identificação ou diferenciação dos rótulos dos medicamentos é comum entre os profissionais de saúde, levando a uma maior probabilidade de erros de medicação.