Ketogenic diet (KD) is a high fat, low carbohydrate and adequate-protein diet, developed in the 1920's as an attempt to control refractory epilepsy, in an era when available antiepileptic drugs (AED), as well as their efficacy, were limited. There was a renewed interest in the 70s about KD, following a period of disuse during the 40's and 50's 1 . Several hypotheses have tried to explain the mechanism of action of KD. Some of these theories are: metabolic acidosis, extra and intra cellular dehydration, direct action of acetoacetate and b-hydroxybutyrate, and a shift of energy supply sources to the brain 2 . A recent study has shown that, despite advances in neuropharmacology and the development of a new generation of AED, KD remains as an important alternative therapy for epilepsy, especially in children 3 .This study analyzed the long term follow-up of a large series of children with refractory epilepsy who were consecutively enrolled, in the past 10 years, in the KD program of the Children's Institute of the University of São Paulo aiming to evaluate: (i) efficacy
KETOGENIC dIET FOR THE TREATMENT OF REFRACTORY EPILEPSYA 10 year experience in children th month, 62.1% had E and 37.9% G. Antiepileptic drugs have been reduced, and generalized epilepsy was the most sensitive. Age-related differences were not observed. Adverse effects were rarely observed. In conclusion, KD proved to be an effective treatment for refractory epilepsy.KEy WoRDS: ketogenic diet, refractory epilepsy, children.Avaliação da dieta cetogênica no tratamento da epilepsia refratária em crianças: 10 anos de experiência RESUMo -A dieta cetogênica (DC) tem alto teor de gordura e baixo de carboidratos e proteínas, sendo usada no tratamento da epilepsia refratária. Analisamos os efeitos da DC em 54 crianças do Instituto da Criança da Universidade de São Paulo. Eficácia, tolerabilidade e efeitos adversos foram estudados. A DC foi considerada eficaz (E) quando houve redução de crises >75% e boa (B) quando a redução foi entre 50-75%. Correlacionamos, quando possível, esses resultados com a síndrome epiléptica e com a idade dos pacientes. observamos resultados (E) em 57,4%, 63,8%, 71,8% e 62,1% dos pacientes no 2º, 6º, 12º e 24º meses, respectivamente e (B) em 31,4%, 25,5%, 25,6% e 37,9%, respectivamente. Houve redução significativa das drogas antiepilépticas. A DC foi mais eficaz nas epilepsias generalizadas e não houve diferenças quanto a idade. Efeitos adversos foram raros. Em conclusão, a DC é um tratamento antiepiléptico eficaz em casos refratários.