A deposição de sedimentos nos corpos d’água, gerada pelos acelerados processos erosivos, é um dos principais problemas de qualidade da água superficial da bacia hidrográfica do rio Doce. Entre as variáveis que causam os processos erosivos, tem-se a erosão pluvial, que pode ser acentuada pelas características de intensidade de chuvas. Buscando caracterizar o potencial erosivo das chuvas em cada município mineiro da bacia do rio Doce, este trabalho utilizou o programa netErosividade MG. Para tal, foram selecionados os 190 (cento e noventa) municípios mineiros da bacia do rio Doce e obtidos seus valores de erosividade das chuvas. Os dados foram tabulados por Unidade de Gestão de Recursos Hídricos e organizados de forma descendente. Os resultados obtidos apontaram que a unidade de gestão com maior média do potencial erosivo, por município, foi a do rio Piranga, com 6928,61. Outras duas próximas ao valor da primeira, em potencial, foram as dos rios Piracicaba (6761,94) e Manhuaçu (5884,3), que também apresentaram médio potencial. A sub-bacia com menor potencial encontrado foi a do rio Suaçuí, com valores de baixo potencial erosivo, em torno de 3417,59 . A partir dos dados gerados, foi possível desenhar o gráfico da distribuição do potencial erosivo durante um ano hidrológico para cada sub-bacia. Mediante tais resultados, espera-se que as tabelas, os gráficos e o web map produzidos sejam capazes de auxiliar os atores na tomada de decisão de políticas públicas voltadas para a gestão de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio Doce.