Objetivo: caracterizar as notícias falsas relacionadas à COVID-19 no Brasil. Metodologia: estudo descritivo, no qual foram utilizados os dados sobre fake news envolvendo a COVID-19 existentes na página do Ministério da Saúde, “E-farsas” e no site “G1 fato ou fake”. Resultados: identificaram-se 291 notícias falsas envolvendo os seguintes conteúdos: transmissão/disseminação; tratamentos relacionados à China; desenvolvimento de vacina; cura; políticos brasileiros; isolamento social; óbitos relacionados à COVID-19; prevenção/uso de equipamentos de proteção individual; número de casos; ações do Ministério da Saúde e governamentais; e outros. A primeira fake news foi publicada em 29 de janeiro. Considerando o contexto da pandemia, as notícias frequentemente citam as palavras água, Brasil, pacientes, chá, isolamento, uso, causa, auxílio, governo, casos, cura. Destaca-se aplicativo de mensagens instantâneas como responsável por propagar 34,4% das notícias falsas, seguido por redes sociais com 14,2%. Conclusão: os sites de checagem de fake news são fundamentais para desmentir informações acerca da COVID-19, em especial aquelas relacionadas às práticas baseadas em evidências científicas. Fazem-se necessárias estratégias que fortaleçam a disseminação de informações verídicas combatendo o fenômeno de fake news e sua proliferação nos diversos meios de comunicação, favorecendo, desse modo, a comunicação em saúde segura para a população.Descritores: Infecções por Coronavírus. Meios de Comunicação. Comunicação em Saúde. Saúde Coletiva.