Eficácia Do Uso De Desinfetantes No Manejo De Ordenha De Vacas Leiteiras No Controle Da Mastite E Seus Agentes Infecciosos – Revisão Bibliográfica

Abstract

A produção de leite no país é de grande importância econômica, obter um leite com qualidade e dentro das normas sanitárias e de higiene é um dos grandes desafios para os produtores. A mastite é um dos principais problemas que acometem rebanhos leiteiros, causando prejuízos em grande escala, diminuindo a produção de leite e contribuindo por aumentar o número de patógenos e contaminação entre os animais. O objetivo deste trabalho é de apresentar uma revisão sobre os principais desinfetantes utilizados no manejo de ordenha de vacas leiteiras no controle da mastite e seus agentes infeciosos. O uso destes produtos no pré e pós dipping, com correto manejo no momento da ordenha pode garantir resultados satisfatórios no controle destes agentes infecciosos ao utilizar desinfetantes.

Prospecção da cadeia produtiva do leite no Brasil: panorama histórico, impactos e desafios

“…Dessa maneira, a cadeia produtiva do leite brasileira, apesar da sua importância social e econômica, ainda apresenta problemas que dificultam seu desenvolvimento (Rosa et al, 2017) como a existência de extensas áreas de pastagens degradadas, o baixo nível tecnológico predominante nos sistemas de produção, principalmente relacionados à nutrição, genética, sanidade do rebanho e de infraestrutura de ordenha, armazenamento e conservação do leite na propriedade, a insuficiência quantitativa e qualitativa na assistência técnica e extensão rural (Queiroz;Souza, 2021). No entanto, existem formas distintas de exploração leiteira, nos sistemas produtivos intensivos há tecnologias modernas, alta qualidade genética dos rebanhos e boas condições de suplementação alimentar, enquanto nos sistemas de produção extensivos (Borges et al, 2014), baseado em pastagens muitas vezes usadas de maneira ineficiente (Sorio, 2018), os animais são de padrões genéticos mestiços e a alimentação ocorre em pasto natural, com rebanho pequeno e baixos, com produção realizada em baixa escala, o que gera baixos níveis de produtividade e produção direcionada ao mercado informal (Borges et al, 2014).…”

“…Nessa época, a produtividade leiteira era pouco desenvolvida e o beneficiamento do leite in natura e comercialização dos derivados lácteos era realizada por um pequeno número de empresas (Moraes;Bender Filho, 2017) A partir da década de 1990 a disseminação de tecnologia ocasionou a evolução genética dos animais leiteiros brasileiros, advindos da utilização de raças europeias e indianas incorporadas na produção nacional (Martins et al, 2018) houve modernização e intensificação da produção de leite in natura com aumento de exigências sanitárias, que resultaram em redução do número de produtores formais, melhoria da qualidade da matéria-prima, aumento na escala da produção e aumento da produtividade do rebanho (Borges et al, 2014).…”

“…Em 2017, essa quantidade caiu para 1.176.295 propriedades com 1,392 milhões de produtores (IBGE, 2017). Uma das consequências mais graves dessa redução é o desemprego no setor (Borges et al, 2014).…”

“…De modo geral, as pequenas propriedades leiteiras brasileiras (com menos de 5,0 hectares) abandonam a atividade, em decorrência dos critérios mais rigorosos para a manutenção da qualidade do leite previstos na legislação (Vanot et al, 2020). Para que permaneçam na atividade os produtores de leite não especializados devem ser capacitados para que possam atender as exigências da qualidade sanitária do leite (Borges et al, 2014). Visando aumentar a produção de leite em 40,0 % até o início de 2023 foi criado, pelo governo federal brasileiro, o Plano Mais Pecuária (Brasil, 2014), pautado no melhoramento genético para melhorar a produtividade leiteira por animal; na ampliação de mercados, na incorporação de novas tecnologias no setor e no investimento na segurança e na qualidade do leite in natura (Moraes;Bender Filho, 2017).…”

“…A falta de higiene antes, durante e após a ordenha, compromete a qualidade do leite (Oliveira et al, 2020), e favorece o surgimento de mastites que diminuem a produção leiteira (Callefe;Langoni, 2015), gera prejuízos à glândula mamária e aumenta os custos com a produção animal em virtude do tratamento dos animais acometidos (Duarte et al, 2015). Desse modo, para obter eficiência na produção de leite, tendo um produto de qualidade e animais com baixos índices de mastite, a utilização de iodo a 5 %, hipoclorito de sódio a 2,5 % e clorexidina também a 0,5 %, são substâncias capazes de combater agentes infecciosos e controlar a mastite no rebanho leiteiro (Bach et al, 2019).…”