Introdução/objetivo: este artigo tem como objetivo identificar, mediante análise envoltória de dados (DEA, sigla em inglês), a eficiência do gasto em segurança pública nos estados brasileiros mais o Distrito Federal, de 2017 a 2020, com relação aos índices de criminalidade. Metodologia: o artigo é uma pesquisa descritiva e de natureza quantitativa. A técnica da DEA aplicada foi orientada ao modelo BCC (Banker, Charnes & Cooper, 1984 [retorno variável de escala]), com modelo input (orientado aos insumos). A variável de entrada utilizada foi a despesa com segurança pública, enquanto as variáveis de saída foram latrocínios, homicídios dolosos, roubo e furto de veículos, bem como tráfico de entorpecentes. Na sequência, foi executado o método proposto e foram apresentados os resultados encontrados após a análise do modelo. Resultados: os resultados indicam que, no período analisado, em média, a aplicação dos recursos das unidades federativas (UF) tem apresentado um percentual de 73.33%, mas ainda há muitas UF que apresentam potencial para utilizar de forma mais eficiente, quando os seus recursos são comparados aos demais estados. Ademais, os resultados demonstram que houve apenas três estados com eficiência máxima, em todos os anos, no período analisado. Conclusões: ainda há necessidade de que políticas públicas voltadas para a questão da segurança sejam refinadas para que as UF possam atingir maior eficiência dos dispêndios nessa área, com vistas a reduzir os índices de criminalidade. Por fim, a identificação detalhada das causas da ineficiência do estado de Roraima, Brasil, que apresenta maior gasto em segurança pública e menor eficiência técnica, pode contribuir para o entendimento de políticas públicas no âmbito da segurança.