Braverman is considered an unquestionable reference of Marxist labour process. The objective of this paper is to show that despite Braverman's undeniable achievements he forsakes the classical Marxist notions related to work organization, i. e. simple cooperation, manufacture and large-scale industry and replaces them with the notion of Taylorism. We also intend to show that because of this abandonment, Braverman cannot explain properly how the deskilling tendency operates in different historical periods, and in distinct industry branches. Finally, we try to demonstrate that those Marxist concepts neglected by Braverman are especially useful to understand labor unrest related to job organization. Braverman overvalues the incidence of labor fragmentation and direct forms of control and disregards the impact of mechanization achieved with the emergence of Large-scale industry and the new forms of control associated with it. Whereas Braverman's allegedly Marxist orthodoxy is considered responsible for this, in fact, exactly the opposite can be asserted: the weaknesses of the otherwise noteworthy work of Harry Braverman are grounded in his relinquishment of some crucial Marxist concepts. We state that labor processes conventionally considered Taylorist or Fordist can be reconceptualized in Marxist classic terms allowing a better understanding of the dynamic of conflicts regarding labor process.Keywords: Labor process. Politics. Marxism. Regulationism. Workers' Struggles.
ResumoBraverman é considerado uma referência inquestionável do processo de trabalho marxista. O objetivo deste artigo é mostrar que, apesar das contribuições inegáveis de Braverman ele abandona as noções marxistas clássicas relacionadas à organização do trabalho, a saber, cooperação simples, manufatura e grande-indústria e substituí-las com a noção do taylorismo. Também pretendemos mostrar que, por causa desse abandono, Braverman não pode explicar adequadamente como a tendência desqualificação opera em diferentes períodos históricos, e em ramos da indústria distintas. Por fim, tentamos demonstrar que esses conceitos marxistas negligenciados por Braverman são especialmente úteis para compreender problemas trabalhistas relacionados com a organização do trabalho. Braverman supervaloriza a incidência de fragmentação do trabalho e formas diretas de controle e desconsidera o impacto da mecanização alcançado com o surgimento da indústria em grande escala e as novas formas de controle associados.