RESUMO -O objetivo deste trabalho foi utilizar uma escala de severidade para algumas doenças do maracujazeiro, visando à identificação de fontes de resistência. Foram avaliados 75 acessos de Passiflora spp. em condições de campo, sob alta infecção natural dos patógenos, para a severidade da virose, nas folhas (VIFO), frutos (VIFR) e distribuição na planta (VIPL), bem como para verrugose nos frutos e ramos (VEFR e VERA, respectivamente) e antracnose nos frutos (ANFR). Houve alta variabilidade para resistência às doenças, embora poucos acessos tenham sido classificados como resistentes à VIFO, VIFR e VIPL, sendo que apenas um acesso de P. setacea (BGM237) foi considerado resistente aos três tipos de avaliações para virose. A maioria dos acessos de maracujazeiro-amarelo e roxo possui algum grau de suscetibilidade a um ou outro sintoma da virose. Quanto à VERA, acessos de P. alata e P. cincinnata foram mais resistentes, embora P. alata demonstre maior resistência a VEFR. Alguns acessos de P. edulis comportam-se como moderadamente resistente à VERA e VEFR. A maioria dos acessos de P. alata, P. cincinnata e P. setacea não apresentou sintomas de antracnose nos frutos. A escala de severidade adotada mostrou-se eficiente para a separação dos acessos de maracujazeiro em diferentes classes de resistência a doenças. Termos para indexação: Passiflora; melhoramento genético, resistência genética e variabilidade genética.
DISEASE SEVERITY FROM PASSION FRUIT TO IDENTIFY SOURCES OF RESISTANCE IN FIELD CONDITIONSABSTRACT -The objective of this study was to use a severity scale for some passion fruit diseases, in order to identify sources of resistance. Seventy-five accessions of Passiflora spp. were evaluated under field conditions and high natural infection of pathogens. Symptoms of virus severity in the leaves (VILE), fruits (VIFR) and distribution in the plant (VIPL), as well as scab on fruit and branches (SCFR and SCBR, respectively) and anthracnose in fruits (ANFR), were analyzed. High variability for disease resistance was observed, although few accessions were classified as resistant to VILE, VIFR and VIPL. Only BGM237 (P. setacea) was considered resistant of these three types of virus evaluation. The most of yellow and purple passion fruit accessions showed some degree of susceptibility to one or another virus symptom. P. alata and P. cincinnata were more resistant to SCBR, although P. alata showed more resistance to SCFR. Some accessions of P. edulis were moderately resistant to SCFR and SCBR. The majority of P. alata, P. cincinnata and P. setacea accessions do not showed symptoms of anthracnose in the fruits. The severity scale proposed was useful to separate the accessions of passion fruit in different classes of disease resistance.