Introdução: O cigarro eletrônico tem ganhado evidência e popularidade desde 2003. O uso é mais prevalente na faixa etária entre 19 e 24 anos. Doenças pulmonares, alterações cardiovasculares, imunológicas, dermatológicas e bucais, decorrentes dos efeitos tóxicos proporcionados pelos diversos compostos do produto são um possível problema para o futuro da saúde pública. Objetivo: Identificar os efeitos tóxicos do uso do cigarro eletrônico nos mecanismos fisiológicos do corpo humano. Materiais e Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura acerca das novas evidências sobre os efeitos tóxicos do cigarro eletrônico e a fisiopatologia envolvida. Utilizou-se a estratégia PICO para a elaboração da pergunta norteadora. Ademais, realizou-se o cruzamento dos descritores “cigarro eletrônico”; “toxicidade”; “fisiopatologia”, nas bases de dados National Library of Medicine (PubMed MEDLINE), Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), Ebscohost, Google Scholar e Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). Resultados e Discussão: A grande maioria dos artigos mostrou uma relação prejudicial do uso dos cigarros eletrônicos em diversos sistemas, como a exacerbação da asma e da doença pulmonar obstrutiva crônica, o aumento do risco de trombose e da aterosclerose, a alteração do funcionamento dos macrófagos e das plaquetas, a redução do óxido nítrico e outros mecanismos. Conclusão: Diversos mecanismos fisiopatológicos foram elucidados em diversos estudos, porém é necessário que mais estudos, sobretudo longitudinais e com a identificação do padrão de uso e dos componentes dos e-cigarros, sejam desenvolvidos para a consolidação das evidências já propostas, principalmente a longo prazo.