Introdução: No período gestacional, o ganho de peso e a ingestão de nutrientes devem ser suficientes para suprir as necessidades maternas e fetais. Objetivo: Analisar quali-quantitativamente o consumo alimentar de gestantes segundo o estado nutricional antropométrico.Metodologia: Estudo transversal aninhado a uma coorte com 185 gestantes. Os dados de consumo alimentar foram coletados no 1º e 3º trimestre gestacional e analisados segundo a pirâmide alimentar para gestantes eutróficas. Utilizou-se Teste T de Student para a comparação das médias de consumo de energia e nutrientes, segundo estado antropométrico. Resultados: Identificou-se insuficiência no consumo de porções e na frequência de grupos alimentares ao longo da gestação. A média de porcionamento dos grupos de cereais, tubérculos e raízes, leite e derivados mostraram-se inferiores ao recomendado pela pirâmide alimentar para gestantes. A análise quantitativa de consumo de energia e nutrientes mostrou que no primeiro trimestre gestacional mulheres sem excesso de peso tiveram consumo médio mais elevado de vitamina E (p = 0,05), vitamina A (p= 0,01) e cobre (p= 0,04). Discussão: Especula-se que esse perfil de consumo das gestantes pode ter influenciado a alteração do estado antropométrico gestacional neste estudo, uma vez que o percentual de gestantes eutróficas reduziu e o percentual de gestantes com excesso de peso aumentou ao longo da gestação. Conclusão: Identificou-se inadequação no consumo alimentar de micronutrientes no período gestacional, indicando a necessidade de avaliar a composição da dieta durante o pré-natal, uma vez que o estado nutricional materno reflete a qualidade de atenção nutricional dispensada à mulher e está associado a desfechos gestacionais positivos.