IntroduçãoDevido à elevada relação entre sua área superficial e seu volume, à interconectividade de suas fibras e à existência de espaço intertistial, as nanomembranas são de grande interesse em um grande número de aplicações onde estruturas porosas são desejáveis, tais como: compósitos estruturais, exocompósitos, nanobiotecnologia, sistemas de purificação de ar, bioengenharia, engenharia ambiental e eletrônica, e indústrias energética, de defesa e segurança [1][2][3][4][5] .Embora a técnica de fabricação de fibras sintéticas utilizando descargas elétricas tenha sido descoberta no século passado [6,7] , foi apenas recentemente que o electrospinning tornou-se alvo de um grande número de pesquisadores em todo o mundo [8,9] . O princípio operacional do processo de electrospinning é relativamente simples, tornando-o bastante vantajoso quando comparado aos demais métodos de fabricação de nanofibras [2] . Além disso, o controle dimensional das nanofibras geradas, a reprodutibilidade de resultados e o grande potencial para aplicações industriais em larga escala fizeram com que o processo de electrospinning se tornasse bastante "popular" nos últimos anos.A técnica de electrospinning envolve a aplicação de um forte campo elétrico entre o polímero e um coletor metálico [3,10,11] . Geralmente, o polímero, fundido ou em solução, está contido em um reservatório com um tubo capilar (tipicamente, uma seringa hipodérmica e uma agulha), e é forçado a escoar por uma agulha por ação da gravidade ou com o auxílio de uma bomba de infusão. Quando se aplica uma alta tensão elétrica no tubo capilar, que está localizado à uma certa distância de um coletor (que pode ser plano e estacionário ou cilíndrico e rotativo), ocorre uma polarização nas moléculas do polímero. Quando a diferença de potencial elétrico entre o tubo capilar e o coletor ultrapassa um valor crítico, a força eletrostática atuando no polímero passa a ser maior do que a tensão interfacial da solução na ponta do tubo, formando o chamado cone de Taylor e acarretando a formação de um jato que é atraído em direção ao coletor. Neste ponto, o campo elétrico é responsável por alongar o jato, tornando-o cada vez mais fino, dando origem às fibras de diâmetros micro ou nanométricos [12,13] .Para que o processo de electrospinning seja possível, é necessário que o polímero esteja fundido ou disperso em solução. Dessa forma, fica evidente que as propriedades da solução (peso molecular do polímero, viscosidade, tensão interfacial e condutividade elétrica da solução, e efeito dielétrico do solvente) irão desempenhar um papel importante no processo de geração das nanofibras. Outros fatores de grande influência
Caracterização Morfológica de Nanomembranas de Poliamida-66 Dopadas com Grafeno Obtidas por Electrospinning
José de Ávila Júnior Programa de Pós-graduação em Engenharia Mecânica, UFMG
Antônio Ferreira Ávila Departamento de Engenharia Mecânica, UFMG
Matt H. Triplett Aviation and Missile Research Development and Engineering Center, AMSRD-AMR-WD-GAResumo: Neste estudo, investigou-se a ...