Emergência de plântulas de pequizeiro em função da planta matriz e uso de ácido giberélico

Abstract

Em Goiás, o pequi (Caryocar brasiliense) se destaca, dentre as frutíferas nativas do Cerrado, como promissora para a produção comercial. Um dos obstáculos para a sua produção em grande escala, no entanto, é o fato de que a germinação de sementes seja baixa e irregular. Com o objetivo de avaliar a emergência de sementes de pequizeiro e o desenvolvimento inicial de mudas oriundas de 16 plantas, aos dez meses após a colheita, na presença e ausência de ácido giberélico (GA3), foram conduzidos dois experimentos. O primeiro foi implantado em delineamento de blocos ao acaso, com parcelas subdivididas, tendo as matrizes nas parcelas e, nas subparcelas, um tratamento de imersão por 48 horas, em água pura e em solução de 500 mg L-1 de GA3. Foram realizadas avaliações a cada sete dias, para determinação da percentagem final, tempo médio e índice de velocidade de emergência. Para o segundo experimento, foi utilizado delineamento inteiramente casualizado, com número variado de repetições, de acordo com o número de mudas obtidas no primeiro experimento. Para percentagem, índice de velocidade e tempo médio de emergência, o efeito dos tratamentos foi significativo, sendo que, para os dois primeiros, houve interação significativa entre genótipo e tratamento, para superação da dormência. Observou-se que a utilização de 500 mg L-1 de ácido giberélico pode minimizar a dormência em sementes de Caryocar brasiliense e que o crescimento das matrizes em campo foi linear e contínuo, ao longo do tempo.

Seed size and presence of thorns in Caryocar brasiliense on seedling emergence

“…Seed size also affected the final seedling emergence percentage, once the accumulated emergence in small seeds was about 20% after one year (Figure 1), whereas in medium and large ones (> 40 mm length) the accumulated emergence exceeded 30%. These emergency rates agree with the results obtained by Leão et al (2012), who observed germination rates varying from 3% to 56% in pequizeiro seeds.…”

“…In these seeds, emergence extended until about 1 year after sowing (Figure 1). Similar results were obtained by Leão et al (2012), who observed the emergence of pequizeiro seedlings up to 128 days after seed sowing.…”

“…Pequizeiro seeds showed slow initial germination, as seedling emergence started about 50 days after sowing in field conditions of the present experiment (Figure 1). This period is longer than the 35 days observed by Silva and Leonel (2017) and the 30 days observed by Leão et al (2012) for the beginning of germination of pequizeiro seeds, probably due to different environmental conditions or seed dormancy. At least two dormancy mechanisms have been attributed to pequizeiro seeds -mechanical restriction of the endocarp and physiological embryonic dormancy (Rocha 2009).…”

“…Even so, the responses of pequizeiro seeds to GA3 are variable. Leão et al (2012) observed average germination percentages ranging from 5% to 57% with gibberellic acid (GA3) and from 3% to 56% without it. The average period required for pequizeiro seedling emergence was 52 days in the presence and 59 days in the absence of GA3, confirming its low effect.…”

POTENCIAL FISIOLÓGICO DE DIÁSPOROS DE Punica granatum L. APÓS FERMENTAÇÃO EM ÁCIDO GIBERÉLICO

“…Ao estudar o efeito do uso do GA 3 na emergência de plântulas de piquizeiro (Caryocar brasiliense Camb. ), LEÃO et al (2012) averiguaram que dentre as sementes das 16 plantas matrizes avaliadas, somente as sementes da matriz 6 apresentaram o menor TME de plântulas, independente do tratamento utilizado (imersão em água ou em 500 mg L -1 de GA 3 por 48 h). A avaliação da APA (Tabela 4) evidenciou que não ocorreu interação entre as concentrações do GA 3 e os períodos de fermentação, e que isoladamente os referidos fatores também não proporcionaram diferença significativa na APA das plântulas de romã, cujo comprimento médio ficou em torno de 3,1 cm plântula FIGURA 2.…”