Empowerment not racialised segregation

Mediação de conflitos raciais em escolas

“…Essa capacidade, que já existe, pode ser fortalecida por experiências de socialização escolares em que sejam constituídas alianças entre a escola, famílias, lideranças e ativistas de organizações da sociedade civil e de movimentos sociais. Tais alianças podem favorecer a interpretação crítica das formas simbólicas de exercício de poder e o entendimento das forças que subjugam os grupos oprimidos (Behtoui, 2023), em práticas que buscam descolonizar o currículo (Gomes, 2017). A escola como parte da esfera pública é, portanto, um espaço contraditório que tanto reproduz a estrutura social iníqua, quanto tem o potencial de produzir conhecimentos emancipatórios contra-hegemônicos (Ortiz, 2020).…”

“…As instituições, portanto, podem limitar ou favorecer a agência docente para a expressão de suas disposições por justiça social, como a disposição antirracista. Um contexto escolar que possa fortalecer a disposição antirracista depende do estabelecimento de alianças com as famílias de estudantes e com lideranças locais, além da valorização dos conhecimentos comunitários que permitam superar os esquecimentos e invisibilidades históricos e valorizar a ancestralidade (Behtoui, 2023;Santos, 2023). O ensino de Ciências e de Biologia poderia participar dessa valorização elegendo a abordagem a partir de princípios civilizatórios de matriz africana e de tecnologias negras Santos, 2023), além de realizar o enfrentamento de conflitos raciais.…”