“…Para o caso brasileiro, a produção sobre o Islã costuma referenciar os trabalhos de Pinto (2005, 2011a, 2011b, Pinto y Dias, 2018 no tocante as dinâmicas entre imigração e processos de institucionalização das comunidades islâmicas. Contudo, um ponto chama a atenção nas três monografias brasileiras analisadas: a completa ausência de citações acadêmicas sobre quaisquer comunidades islâmicas existentes nas regiões Sul e Sudeste do país, a exemplo das cidades do Rio de Janeiro (Cavalcante Junior, 2008;Chagas, 2006;Dumovich, 2012;Ferraz, 2015;Pereira Junior, 2011), São Paulo (Barbosa, 2007;Raietparvar, 2014), Curitiba (Marques, 2010), Florianópolis (Espinola, 2005) ou Porto Alegre (Pereira, 2001;Soares, 2017). A dificuldade de incorporar essas investigações cria uma situação de "miopia empírica" sobre o campo de investigação no país, bem como de "descaso institucional" diante dos trabalhos acadêmicos que se debruçaram sobre as múltiplas facetas assumidas pelas comunidades islâmicas em território nacional 36 .…”