O vírus do papiloma humano (HPV-human papiloma virus) pode infectar até 80% das pessoas, principalmente as sexualmente ativas. O risco e a sintomatologia da infecção são distintos entre os gêneros. Sabe-se que existem mais de 150 sorotipos e estes são agrupados por seu tropismo. Embora a maioria das infecções siga um curso benigno, a infecção persistente por certos sorotipos pode levar ao desenvolvimento de câncer. Os sorotipos 16 e 18 estão envolvidos com uma forma grave de lesão, acarretando câncer, principalmente do colo do útero. Os sorotipos 6 e 11 são descritos como causadores de verrugas anogenitais. O vírus, de aproximadamente 8.000 pb, se instala na célula e por meio da expressão das oncoproteínas E6 e E7, levando à inibição de proteínas como a p53 e a pRB, importantes na apoptose e na parada do ciclo celular. As vacinas atuais geram imunidade contra os sorotipos 6, 11, 16 e 18. A vacina pode ser tetravalente (quatro sorotipos: 6, 11, 16 e 18) ou bivalente (16 e 18). Ambas apresentam proteção cruzada contra a infecção por sorotipos não inclusos nas vacinas, porém não possuem caráter terapêutico. O presente trabalho teve como proposta revisar os avanços sobre a infecção pelo HPV, os aspectos imunológicos e as vacinas profiláticas disponíveis. Palavras -Chaves: HPV. Vírus do papiloma humano. Vacinas. Mecanismos imunológicos. Câncer de colo de útero.