RESUMO Crescentia cujete L. (Bignoniaceae), conhecida popularmente como coité, é uma árvore que pode chegar até 10 metros de altura, bastante utilizada na medicina popular para tratar diarreia, dores de estômago, bronquite, tosse, asma, uretrite, dores de cabeça, hipertensão e diurética. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito citotóxico e genotóxico desta espécie sob o bioteste Allium cepa sob diferentes concentrações de infusão. Foi utilizada 0,45; 0,90 e 1,35 gramas/L de folhas de Crescentia cujete L. para a preparação dos chás, os mesmos ficaram em repouso sob infusão por 10 minutos e resfriado a temperatura ambiente. Além destes tratamentos ainda foi utilizado o controle (água destilada). Após 24, 48 e 72 horas de exposição dos meristemas radiculares de Allium cepa nas soluções de infusão, foram coletadas e fixadas em solução fixadora (3:1, metanol:ácido acético) e, posteriormente, acondicionadas em refrigeração a 5 ºC. Foram realizadas 10 lâminas de cada tratamento e avaliadas 300 células por lâmina. A análise das células realizada em microscópio óptico sob magnitude de 400x, sob a técnica de varredura. O tratamento que obteve maior índice mitótico foi a concentração de 0,5 g no tempo de 24 horas, conforme aumentaram as concentrações e tempo de exposição foi reduzindo o índice mitótico. Conclui-se então que o chá sob infusão de C. cujete quando utilizado de forma inadequada pode trazer danos à saúde. PALAVRAS-CHAVE: Coité, Efeito antiprofilerativo, Índice mitótico.