Relato de Caso: Paciente de 44 anos compareceu ao serviço de ginecologia para consulta de rotina. Relatou implante de dispositivo intrauterino com liberação de levonorgestrel (DIU-LNG) há cinco anos. Durante o exame físico, o fio do dispositivo não foi visualizado. À histeroscopia, para remoção do dispositivo, não foram evidenciadas alterações na cavidade endometrial. Material foi, então, colhido para biópsia. O estudo histopatológico evidenciou um endométrio com estroma expandido por pseudodecidualização e alterações mucoides, formando pequenos aglomerados de mucina, também se apresentando com endentações polipoides, vasos ectásicos, focos de células linfoides e depósitos de sais de cálcio. A presença de DIU-LNG na cavidade uterina causa uma série de alterações histopatológicas e funcionais no endométrio, as quais não são relacionadas, exclusivamente, ao efeito contraceptivo do dispositivo. Conclusão: Com o aumento da utilização desse método anticoncepcional, o conhecimento das alterações provocadas pelo seu uso se torna cada vez mais relevante para avaliação de sua eficácia e segurança em longo prazo.