Os aneurismas intracranianos gigantes (AG), acima de 25 mm são raro subgrupo quegeralmente se apresentam com a clínica de efeito de massa. Normalmente observa-sediminuição da acuidade visual, neuralgias, disfunção da motricidade ocular, entre outros. Asopções terapêuticas incluem microcirurgia com trapping da artéria parental e as múltiplasestratégias endovasculares. Em decorrência da baixa frequência da doença, carecemevidências científicas que apontem a melhor estratégia tendo em vista diminuir o risco desangramentos e resolver os efeitos de massa. Dessa maneira, o estudo objetivou avaliar amelhora clínica de Aneurismas Intracranianos Gigantes com uso de técnicas reconstrutivasvasculares - uso de Stents de fluxo e embolização com micromolas, e das técnicas destrutivas- oclusão da artéria parental. Coorte retrospectiva com dados coletados do prontuário eentrevista de 28 pacientes. Os critérios avaliados foram: queixa principal, antecedentespessoais, tabagismo, diabetes, hipertensão arterial e colesterol, características angiográficasdo aneurisma, como tamanho e colo, e técnica cirúrgica. Os pacientes foram avaliados nopós-operatório e em consulta de retorno para análise da resolução do efeito de massa. Osaneurismas gigantes podem levar a déficits neurológicos importantes, em decorrência doefeito de massa, eventos isquêmicos ou hemorragias subaracnóideas. Dentre os sintomas,destacam-se a diminuição da acuidade visual, por compressão do nervo óptico, dor facialnos territórios do nervo trigêmeo, disfunção da motricidade ocular, síndrome defrontalização, pele efeito de massa sobre o lobo frontal, disfunção hipotalâmica, porcompressão direta sobre o hipotálamo, e hidrocefalia, por obstrução do fluxo liquórico. Aestratégia de tratamento é planejada de acordo com diversos fatores, como idade,comorbidades, tamanho, localização, morfologia, projeção do aneurisma, relaçãocolo-domus, características aneurismáticas, circulação colateral e a presença de ramosperfurantes na parede do saco aneurismático. Os Stents intracranianos de fluxo são cilindrosde fios metálicos trançados, com fenestrações diminutas, que ao serem implantadospossibilitam a passagem de sangue para os ramos penetrantes, evitando assim déficitsneurológicos, e bloqueiam a entrada de sangue no saco aneurismático, levando a trombosee redução do seu volume. Já a embolização com micromolas, outra técnica endovascular, érealizada por intermédio de cateteres inseridos à distância, posicionando-se dentro do sacoaneurismático, em que são introduzidos micromolas, preenchendo o seu interior e causandotrombose. Sua finalidade é ocluir total ou subtotal o interior do aneurisma, reduzindo o seurisco de ruptura e consequentemente de hemorragia cerebral. O estudo sugere que otratamento endovascular por Oclusão com Micromolas ou uso de Stent de Fluxo em AIGs navigência de um efeito de massa é viável e pode ser realizado com taxas de complicaçõesrelativamente baixas, com desfechos clínicos e radiográficos de longo prazo moderados