Objetivo: Apresentar as características clínicas dos pacientes vítimas de trauma que necessitaram de transfusão emergencial para uma abordagem do Diagnóstico de Enfermagem "Risco de Choque"; descrever a atuação da equipe de Enfermeiros do Trauma nesse contexto. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo, de abordagem quantitativa. Os dados retratam o período de outubro de 2018 a dezembro de 2019, perfazendo um total de 447 pacientes com choque hemorrágico por trauma inseridos no Protocolo de Transfusão Maciça de um hospital público. Resultados: O "Risco de Choque" foi o diagnóstico de enfermagem prioritário nos pacientes com hemorragia grave por trauma. Houve predominância do sexo masculino, vítimas de politraumatismo em sua maioria, com idade entre 18 e 29 anos. 197 pacientes apresentaram líquido livre que foi detectado através do exame de ultrassom de emergência nos pacientes com trauma torácico ou abdominal. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência foi o meio utilizado por 378 pacientes para atendimento pré-hospitalar. Conclusão: A caracterização mostra a gravidade desses casos, com necessidade de transfusão maciça. O conhecimento desses fatores pela equipe multiprofissional de pacientes críticos com hemorragia grave associada ao trauma é fundamental, tornando-se necessária a abordagem do diagnóstico de enfermagem "risco de choque" pelo profissional Enfermeiro.