Respostas morfológicas emABSTRACT -Morphological responses in Guibourtia hymenifolia (Moric.) J. Leonard (Fabaceae) and Genipa americana L.(Rubiaceae) to nutrient deficit and flooding stress). The plastic responses of seedlings and young plants of two Brazilian native trees were studied. In G. hymenifolia no important morphological changes were found, except for starch reserve content that was lower in the lots in nutrient poor, drained soils (CCD), and nutrient poor, flooded soils (ALD). In Genipa americana the rich, drained soil group (CCN) developed adventitious roots with evident aerenchyma, these roots were more frequent in the rich flooded soil (ALN) lots. In this group we also detected lysogenic aerenchyma formation and lenticular hypertrophy in the stem. The diversity of responses to flooding and the wide distribution of Genipa americana along seasonal flooded areas, as the Pantanal in Miranda, MS, suggests a complex interaction between morphological and physiological adaptative characters, where the genetic potential play an important role.Key words -adventitious rooting, aerenchyma, biomass, flooding stress Palavras-chave -aerênquima, biomassa, estresse, raíz adventícia
RESUMO -(Respostas morfológicas em
IntroduçãoDiante dos atuais esforços na implementação de projetos de reposição de cobertura vegetal, sobretudo em ambientes frágeis como aqueles associados a recursos hídricos, parece óbvia a importância dos estudos que envolvam as respostas de plântulas de espécies nativas às condições de alagamento do substrato, uma vez que, nestes ambientes, são comuns as variações no estado hídrico dos solos, com modificações severas nas concentrações de oxigênio disponível para as raízes, requerendo das plantas respostas rápidas às novas condições impostas.Respostas morfológicas como o desenvolvimento de aerênquima, corredores de ar ou espaços aéreos descontínuos, raízes adventícias ou com crescimento diageotrópico e o aumento em superfície (Wample & Reid 1979, Drew et al. 1981, Joly 1996, Scatena & Meneses 1996, Santiago & Paoli 2003, constituem-se em respostas expressas por plantas submetidas à hipóxia ou anoxia.O desenvolvimento do aerênquima em plantas surge pelo afastamento (aerênquima esquisógeno) entre células na região da lamela média, formando grandes espaços intercelulares, como também é resultado da hidrólise da parede celular, e eventual lise celular (aerênquima lisógeno), promovida por etileno endógeno (Cutter 1978, Drew et al. 1981, He et al. 1996. Dantas et al. (2001) estudando plântulas de milho submetidas à hipóxia, destacaram a atividade da celulase na formação do aerêquima, bem como a inibição da formação destas 1.