Este trabalho investiga qualitativamente o potencial dos espaços não formais na complementação de uma educação escolar forjada nas instituições formais e nas contribuições prestadas para a divulgação científica, tomando como referência um estudo de caso envolvendo, a Teoria da Relatividade Geral (TRG) e o Museu do Eclipse. O estudo foi concretizado numa pesquisa de campo subsidiado por entrevistas e questionários, nos quais foram envolvidas pessoas que compõem a população sobralense, o primeiro diretor do Museu do Eclipse, o diretor atual e ex-funcionários da instituição. Os resultados apontam para a importância do comprometimento com a cidade, educação e memória; para a necessidade de investimentos permanentes de fluxo contínuo nos vários espaços educacionais e incentivo à interação otimizando a formação escolar e a eficiência deles, e para o fato de que os currículos escolares locais ainda não têm prestigiado devidamente os conhecimentos científico-culturais regionais, levando a uma formação básica deficitária por parte dos cidadãos. Em função desse déficit, percebeu-se que os cidadãos não têm adquirido os conhecimentos necessários para a compreensão de fatos relevantes à explicação científica do fenômeno astronômico observado e registrado na cidade há pouco mais de um século e que contribuiu notoriamente para comprovação da TRG.