Ensino superior em tempos de pandemia: sofrimento, culpa e (im)produtividade

Ser-Docente Na Pandemia:

“…Essa discussão, leva-nos novamente à inevitável cilada do 'reinventar-se' que, além de romantizar uma realidade desfavorável ao docente, cria um ciclo de culpabilização dos diversos pares envolvidos no processo de ensino e aprendizagem (20) . A culpa por não "produzir" é do professor ou do aluno?…”

“…A culpa por não "produzir" é do professor ou do aluno? Infelizmente, somos condicionados a buscar um algoz, um vilão, de um lado, e uma vítima, um mocinho, de outro (20) .…”

(Sobre) vivências, saúde mental e enfrentamento à pandemia de universitários em vulnerabilidade socioeconômica

“…mídias sociais e aplicativos de telessaúde se tornaram métodos úteis para a promoção da saúde mental e acolhimento das demandas de sofrimento durante esse período. No Brasil, já há publicações de experiências envolvendo projetos online vinculados a universidades, a exemplo de diferentes ações organizadas por psicólogos da Universidade Federal do Ceará (Silva, Júnior, & Araújo, 2021) e das rodas de Terapia Comunitária Integrativa organizadas por terapeutas comunitários da Universidade Federal da Paraíba (Carneiro et al, 2020),…”

“…Quase metade dos participantes não teve acesso a computadores durante este período e, apesar do acesso à internet por todos, a maioria relatou conexão de baixa qualidade, o que afetou sobremaneira a participação nas aulas síncronas bem como a realização dos trabalhos acadêmicos. Tal desigualdade virtual, que atinge especialmente os alunos em vulnerabilidade socioeconômica, está correlacionada ao aumento de estresse emocional na atual pandemia (Silva et al, 2021). Cipriano e Almeida (2020), ao considerarem que os direitos constitucionais alusivos à educação desse público estão sendo desrespeitados, Research, Society andDevelopment, v. 10, n. 14, e288101421955, 2021 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i14.21955 12 enfatizam a urgência da implementação de políticas públicas de intervenção que possam oportunizar um acesso de qualidade ao ensino remoto.…”

“…Corroborando descobertas de estudos anteriores (Bourion-Bédès et al, 2021;Pereira et al, 2020;Silva et al, 2021), os demais pontos negativos mencionados pelos participantes foram: ambiente inadequado para os estudos, ambientes ruidosos que afetavam a concentração, excesso de atividades acadêmicas, dificuldade na gestão de tempo e na gerência entre as atividades do curso e as outras demandas da rotina e a frustração quanto ao atraso na finalização da graduação.…”