“Então não tenho como dimensionar”: um retrato de grupos educativos em saúde na cidade de São Paulo, Brasil

Abstract

: The study analyzed the social representations of primary health care professionals on evaluative processes of groups that work with food and nutrition, and described the educational strategies used in this care. This was a qualitative study from 2012 to 2014 in the city of São Paulo, Brazil, in which 48 interviews were analyzed. In the analysis of the interviews, for classification of the educational strategies in learning categories and contents, Bogdan & Biklen and Zabala were used, respectively. The evaluative processes used the collective subject discourse technique, based on Jodelet's social representations. Three learning contents were found in the educational strategies and four social representations of the evaluative processes which combined to reveal the presence of a conflict by a practice directed by the work process to quantitative and individual evaluative criteria and a health-promoting practice that used inclusive approaches and participant evaluation. In this practice, the study implicitly identified the presence of autonomy in health. The study revealed the need to acknowledge and systematize group planning as an educational tool that qualifies and empowers comprehensive care.

Possibilidades de atuação profissional em grupos educativos de alimentação e nutrição

“…Todavia, já que escutar implica em estar em silêncio, essa habilidade pode causar apreensão no profissional, quando este necessita expressar o seu saber, como foi visualizado no estudo de Frutuoso et al 32 com estudantes do curso de Nutrição que revelaram que escutar é uma ação adicional do escopo profissional. Esse desconforto é consequência de uma configuração enraizada de cuidado nutricional que tem na palavra um conforto, a qual tem sido criticada por apresentar ineficácia na mudança na alimentação 4,32 .…”

“…Para prevenir tais doenças e promover a saúde dos indivíduos, melhorando suas escolhas alimentares, essas equipes desenvolvem grupos de Educação Alimentar e Nutricional (EAN) com populações de territórios delimitados 4,5 . A EAN é configurada como um campo de conhecimento e de prática transdisciplinar e multiprofissional na qual se recomenda o uso de referenciais metodológicos que prevejam processos de planejamento e de avaliação das intervenções 6 .…”

“…Compreendendo que os resultados da intervenção de EAN são decorrentes da atuação profissional e da interação entre profissional e usuários, destacam-se, no processo de avaliação, as abordagens qualitativas e participativas 2,4,8 . Contudo, Vincha et al 4 averiguaram que profissionais da AB que utilizam essas abordagens em grupos de EAN conduzem-nas de forma indireta e não sistematizada. Segundo as autoras, esse achado é efeito do baixo investimento no planejamento das intervenções e da insuficiência de referencial metodológico de EAN.…”

Abordagem do Guia Alimentar para a População Brasileira em livros de ciências do ensino fundamental

“…10,11 Concebe-se que os livros são ferramentas teóricas e visuais que podem ser utilizadas pelo professor como um apoio para promover o diálogo, estimular os sentidos e a criatividade dos estudantes. 12 Eles tendem, ainda, a ser a principal fonte de informação sobre alimentação e nutrição para professores. 13 Destacam-se, nesse caso, os livros de ciências do ensino fundamental, uma vez que os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) de ciências orientam a abordagem de conteúdos de nutrição e a discussão dos hábitos alimentares nessa disciplina.…”

Açoes De Hiperdia Desenvolvidas Na Semana De Responsabilidade Social: Um Relato De Experiência

“…A APS é reconhecida como uma junção de serviços e ações que vão além da prática clínica. Ela retrata um modelo considerado assistencialista no que se refere ao trabalho em equipe, conexão entre a comunidade e os profissionais e também, a participação da comunidade, tendo como base as práticas de cuidado, democráticas e de gestão, além das práticas participativas(TESTON, 2018;VINCHA et al, 2017).As características que circunscrevem à atenção básica dizem respeito a:continuidade da assistência, prática clínica e educativa, acessibilidade, integralidade, vínculo e responsabilização integrada com as políticas de saúde e os outros níveis de atenção (MENDES; CARVALHO, 2015). A atenção básica expandiu-se através da Estratégiade Saúde da Família (ESF), que buscava romper com o modelo tradicional e biologicista de cuidado anterior.…”