A implementação da prática baseada em evidências (PBE) na prática clínica pode ser desafiadora. Sob essa perspectiva, objetivou-se analisar o perfil das publicações científicas sobre as lacunas de conhecimentos e habilidades para a execução da Prática Baseada em Evidências por discentes de Medicina. Para tal desígnio, realizou-se um estudo bibliométrico, a partir da busca eletrônica na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Medical Publisher (PubMed), Chocrane library, e Science Direct, com o uso dos Descritores em Ciências da Saúde “Evidence-Based Medicine", "Schools, “Medical" e “Students”. Além disso, foi utilizado o método de análise lexical através do software Bibliometrix, com seleção dos estudos publicados entre os anos de 2003 e 2023. Dessa forma, notou-se que os anos de 2009, 2010, 2012 e 2021 obtiveram o maior número de publicações acerca do tema, com a mesma quantidade em cada um deles. O idioma predominante foi o inglês e não se observou autor de destaque. Quanto as lacunas de conhecimentos e habilidades à execução da PBE, destacou-se a limitada integração longitudinal de cursos de instrução em PBE com a prática clínica (38,8%; n=7) e a carência de senso crítico para avaliar a qualidade da literatura médica foi a mais citada (27,7%; n=5), respectivamente. Considerando a frequência de palavras nos resumos, aquelas que mais se repetiram foram: “PBE”, “Medicina” e “Estudantes”. Conclui-se, em suma, que a carência de tecnologias direcionadas, e de avaliação crítica por parte dos estudantes, atrelada à a rotina intensa, constituem os principais desfalques relacionados à PBE.