Este trabalho teve como objetivo estudar o adoecimento docente nos anos iniciais do ensino fundamental. Levantou-se os tipos de afastamento de saúde dos docentes da etapa de ensino recortada pela pesquisa, na rede estadual de uma cidade do interior do estado de São Paulo. Procurou-se inicialmente estabelecer o perfil dos afastados em relação à idade e sexo e, em seguida, ao Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - IDEB das escolas nas quais esses docentes trabalhavam. Buscou-se ainda levantar os números do absenteísmo docente provocado por esses afastamentos, a fim de identificar tanto os prejuízos econômicos quanto pedagógicos. Centralmente, analisou-se o tipo de doenças mais frequente entre os docentes e suas possíveis identificações com o tipo e as condições de trabalho. Ou seja, procurou-se identificar em que medida a escola contribuí para o adoecimento docente e como ações dentro da política educacional teriam potencial para minimizar a situação identificada. A pesquisa identificou as doenças mentais e de comportamento como a principal causa dos afastamentos e como as com maior período de duração. Foi possível estabelecer, a partir de dados secundários, uma relação entre os afastamentos e a (des)profissionalização docente (a desvalorização profissional, os baixos salários, a quantidade de estudantes por sala entre outros).