“…De fato, as margens revelam muito mais do que o conceito de periferia. As margens podem ser constituídas de populações em movimento, ligando vários bairros ou trechos de cidade, como por exemplo, nas pesquisas com meninos de rua (Morelle, 2008), com camelôs (Reginensi, 2012), com músicos ou artistas nos campos de refugiados na Palestina (Puig, 2008, Dias, 2013. Porém, as margens não se reduzem ao desvio ou a marginalidade, podem ser definidas como um outro mundo muitas vezes combatido mas tolerado, porque participa de fato da existência da sociedade urbana.…”