A produção do petróleo, aplicados em diversos setores da economia, pode desencadear impactos ambientais provenientes de derrames e vazamentos marinhos na exploração, transporte e armazenamento, capazes de destruir biomas. Para remediar áreas impactadas, são utilizadas barreiras de contenção e limpeza em ambiente marinho. As fibras lignocelulósicas apresentam uma alta capacidade de sorver o óleo, podendo facilmente servir como barreiras em um processo de derramamentos, evitando que a mancha de óleo se alastre, além de proporcionar a remediação do local impactado. A fibra de sisal é um material lignocelulósico e é encontrada em larga escala na natureza como subproduto de produções agrícolas além de serem materiais de fontes renováveis bem como biodegradáveis. O presente trabalho apresenta, como objetivo, realizar um estudo envolvendo testes realizados em laboratório a fim de verificar a eficiência da fibra de sisal in natura na sorção do petróleo da Bacia de Campos. As análises morfológicas da fibra, através do Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV), permitiram o acesso a imagens ampliadas da área superficial da fibra, compostas por poros responsáveis pelo processo de adsorção do óleo. Para avaliar a sua eficiência, ensaios de derramamentos offshore foram simulados, sob períodos distintos (5, 20, 40, 60, 90 e 120min), utilizando a mesa reciprocante (126 rpm), que simula a hidrodinâmica marinha. Os dados colhidos sugeriram a necessidade de um tempo mínimo de 5 minutos de contato com óleo em eventuais derramamentos marinhos. A reciclagem da fibra foi analisada ao longo de seis ciclos subsequentes. O potencial adsortivo do último ciclo decaiu aproximadamente 12% da primeira sorção, caracterizando uma boa reutilização da fibra após sucessivas aplicabilidades.