O Eucalyptus spp. é uma das espécies mais estudadas dentro da técnica de cultivo in vitro, principalmente com o objetivo de revigoramento e de rejuvenescimento clonal. No entanto, ainda existem lacunas de conhecimento, devido às necessidades específicas de cada material genético. Nesse sentido, esse trabalho teve como objetivo avaliar a enxertia in vitro como técnica de revigoramento e de rejuvenescimento, visando à restauração parcial da competência rizogênica na propagação vegetativa de clone de Eucalyptus spp. Os objetivos específicos foram avaliar: 1) a influência de dois porta-enxertos de Eucalyptus saligna (ES1 e ES2); 2) o efeito da enxertia no revigoramento/rejuvenescimento de um clone de Eucalyptus saligna (C1); 3) a influência de duas qualidades espectrais de luz no cultivo in vitro dos enxertos; 4) e o efeito da técnica de enxertia seriada in vitro na produção de brotações e enraizamento das microestacas, obtidas a partir de microcepas estabelecidas em minijardim clonal na condição ex vitro. As avaliações in vitro foram realizadas quanto à percentagem de sobrevivência dos enxertos, crescimento das plantas enxertadas e o vigor aos 55 dias de idade. Na fase ex vitro, em viveiro de produção de mudas, foi implantado uma área de multiplicação vegetativa composta pelos tratamentos: microcepas provenientes de enxertia in vitro - I subcultivo (T1); microcepas provenientes de enxertia in vitro - II subcultivo (T2); microcepas provenientes de enxertia in vitro - III subcultivo (T3); microcepas provenientes de enxertia in vitro - IV subcultivo (T4); microcepas após 13 subcultivos provenientes de micropropagação (T5); minicepas advindas de enxertia ex vitro (T6) e minicepas provenientes de miniestacas (T7). Coletou-se microestacas e miniestacas para avaliação de produtividade do minijardim clonal e da velocidade de enraizamento em fase de casa de vegetação. Ao final da fase de crescimento das mudas foram avaliados os parâmetros: altura das mudas, vigor, percentagem de sobrevivência e enraizamento, diâmetro de colo, massas secas de parte aérea e raiz, qualidade das mudas pelo índice de Dickson e o volume de raiz. Com base nos resultados obtidos, as plantas enxertadas apresentaram percentuais médios de sobrevivência de 94%, mostrando que a metodologia de enxertia in vitro utilizada foi eficiente, para o clone e nas condições experimentais em que o estudo foi conduzido. O cultivo dos enxertos in vitro não foi influenciado pelas fontes de luz. No entanto, houve influência da qualidade de luz no desenvolvimento em altura do enxerto, sendo observados melhores resultados no porta-enxerto ES1 e no subcultivo IV, aos 55 dias de idade. Para a produtividade de microestacas em minijardim clonal, foi observado ligeiro aumento na produção de brotos em relação à minicepa, bem como aumento na velocidade de enraizamento em casa de vegetação, assim como nos demais parâmetros das mudas avaliadas em fase de crescimento. Conclui-se que o tipo de porta-enxerto e a enxertia seriada tendem a melhorar o desenvolvimento do propágulo utilizado como enxerto. Para as avaliações no viveiro, a micropropagação (enxertia in vitro seriada), de modo geral teve efeito positivo na produtividade do minijardim clonal, velocidade de enraizamento das microestacas, bem como nos parâmetros das mudas avaliadas em fase de crescimento do clone C1 de Eucalyptus saligna. Palavras-chave: Propagação vegetativa; Micropropagação; Microenxertia; Silvicultura clonal; Microestaquia.