Enxertos ósseos em odontologia – uma revisão integrativa da literatura

Abstract

A exodontia de unidades permanentes, assim como doença periodontal e trauma bucal, estão muitas vezes relacionados ao processo de reabsorção alveolar, o que culminam na perda óssea tanto em espessura quanto em altura, sendo esse principal impasse para reabilitação oral por meio de prótese sobre implantes. Cerca de 50% dos sítios para instalação de implantes não apresentam volume ósseo suficiente para sua instalação, o leva a necessidade de utilizar biomateriais para o processo de regeneração óssea guiada. Diante da necessidade de aumentar tecido ósseo em volume e espessura, diversos biomateriais foram desenvolvidos, sendo eles classificados em enxertos do tipo autógeno, alógeno, xenógeno e aloplástico. Para realização desse estudo foi realizada uma busca completa nas bases de dados: PubMed, Scielo, Lilacs e Google Scholar, utilizando as palavras-chave “dentistry bone transplantation, surgery oral, biocompatible materials and bone regeneration”, inseridas nas buscas de maneira cruzada adotando a expressão boolena "and”. Afim de selecionar os artigos a serem analisados foram elencados critérios de inclusão e exclusão. A utilização de enxertos ósseos tem mostrado resultados promissores no ganho de osso vertical e horizontal. A associação de biomaterias permite que as melhores propriedades de cada tipo de enxerto sejam usadas de forma integrada, o que leva a resultados favoráveis tanto histologicamente como funcionalmente.

O uso de biomateriais em odontologia: novas perspectivas e atualizações

“…Apesar de ter propriedades biológicas preferíveis não é considerado o melhor, pois o paciente precisa ser submetido a cirurgia para a captação do enxerto, podendo haver complicações como infeção, perda sanguínea, lesão de nervos e dor no pós-operatório. Tem-se também o enxerto alógeno, que é obtido através de outro indivíduo geneticamente diferente, o xenógeno que origina-se de outra espécie animal e os aloplásticos que são desenvolvidos de forma sintética no laboratório (dos Anjos et al, 2021).…”

Utilização de enxertos ósseos na reabilitação oral com implantes

“…Sobre o enxerto homogêneo, de acordo com Sobreira et al (2010) esse tipo de enxerto fresco congelado é uma alternativa para as reconstruções dos rebordos atróficos devido a sua capacidade de remodelação, incorporação e qualidade que permitem resistir às cargas funcionais quando da instalação de implantes O uso do enxerto homólogo trouxe para a implantodontia uma alternativa cirúrgica de regeneração do leito ósseo, mais rápida e menos traumática, em relação ao ato cirúrgico, do que quando se utiliza o osso autógeno, pois não há a necessidade de uma segunda área cirúrgica ou uma área doadora afirma Juliasse (2013). ContudoOs ossos homólogos não possuem células vivas, porém podem exibir propriedades osteocondutoras ou osteoindutoras durante sua integração aos locais receptores (Fardin et al, 2010) De acordo com Fardin et al (2010) Finalmente os enxertos aloplásticos, as vantagens comuns são a qualidade do produto padronizado, e a ausência de risco de doenças infecciosas e disponibilidade ilimitada de material ( Hsu & Wang, 2013;Toazza, 2020;Dos Anjos et al, 2021). Outros benefícios dos materiais aloplásticos são diminuição do tempo cirúrgico, além de múltiplos tamanhos e formatos disponíveis.…”

“…Uma alternativa para reconstruções ósseas previas a instalação de implantes, são os enxertos ósseos do tipo xenógeno, os quais são obtidos a partir animais. (Dos Anjos et al, 2021). O osso bovino medular esterializado e desproteinizado é o xenoenxeto mais utilizado e documentado na literatura, pois consegue se incorporar bem ao leito receptor devido sua topografia superficial, o que permite excelente interação com o coágulo sanguíneo, favorecendo a proliferação vascular e celular (Fardin et al, 2010).…”

“…As vantagens comuns dos substitutos ósseos aloplásticos são a qualidade do produto padronizado, e a ausência de risco de doenças infecciosas e disponibilidade ilimitada de material. Por apresentarem baixa capacidade regenerativa, os substitutos ósseos aloplásticos são frequentemente usados em associação a outras classes de enxerto ósseo, assim como aplicados com fatores de crescimento e/ou membranas (Dos Anjos et al, 2021).…”

Association of the L-PRF Technique in apicoectomies of different etiopathogenies

“…This barrier membrane serves as a physical barrier to separate soft tissue from bone tissue, preventing other tissues such as connective tissue and epithelial cells from migrating into the defect site, thus not interfering with osteogenesis. This allows for bone neoformation to fill the region and maintains the direction of bone formation (Dos Anjos et al, 2021).…”