Objetivo: investigar a distribuição espacial dos casos confirmados e óbitos da COVID-19 nos quatro primeiros meses da Pandemia no município de Salvador, a partir dos seus distritos sanitários. Método: estudo ecológico d com 34.691 mil casos confirmados e 1.589 mortes por COVID-19 em Salvador, Bahia, entre março e junho de 2020. Analisaram-se os dados no STATA 12.0 por meio de estatística descritiva e inferencial. Resultados: A média de casos confirmados foi de 109,2 casos/ dez mil habitantes. Os distritos de Barra/Rio Vermelho (143,8/dez mil) e Centro Histórico (136,1/dez mil) apresentaram média de casos superiores à média municipal. Houve média de 5,4 mortes/dez mil habitantes, ficando os distritos Liberdade (8,4/dez mil) e Itapagipe (7,2/dez mil) com médias superiores à municipal. Os distritos de densidades consideradas altas (Botas, Itapagipe e Liberdade) representaram 22,4% dos casos das doenças e 25,9% do total de mortes. A população e nº de casos de H1N1 correlacionaram-se significativamente ao número de casos de COVID-19 nos distritos. Observou-se tendência crescente do número de casos, com crescimento médio semanal de 27,17% (p-valor < 0,001) e alta no período entre março e junho de 2020. Os distritos sanitários que tiveram um maior crescimento de notificações foram Barra- Rio Vermelho (30,3%), Cajazeiras (28,7%) e Pau da Lima (28,1%). Conclusões: o número de casos é maior nas regiões de maior circulação de pessoas por fins econômicos e(ou) turísticos, porém a letalidade é maior em regiões mais pobres do município. A tendência crescente de casos requer atenção para medidas efetivas de isolamento social.