Epidemiologia da tuberculose bovina na América do Sul

Abstract

A presente pesquisa teve por objetivo descrever a epidemiologia dos casos de tuberculose bovina na América do Sul, visando enfatizar a importância das medidas de controle e prevenção da doença. Para esta pesquisa foi realizado um estudo transversal, descritivo, retrospectivo e qualiquantitativo que utilizou como unidades de análise países localizados na América do Sul. A amostra foi delimitada ao período de 2012 a 2018, e os dados foram coletados a partir das informações disponíveis em banco de dados oficiais da Organização Internacional de Epizootias (OIE) e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Os resultados foram analisados por meio de estatística descritiva simples. Os países que apresentaram maior número de casos de tuberculose bovina notificados foram Argentina e Chile apresentando prevalência média de 0,46% e 0,96%, respectivamente. O Brasil apresentou prevalência média de 0,02%, com taxa mais elevada em Santa Catarina (0,21%), Distrito Federal (0,11%), Rio Grande do Sul (0,09%), e Paraná (0,09%). Com relação a prevalência de focos, destacou-se os estados do Paraná (1,35%), Distrito Federal (1,29%) e Santa Catarina (0,88%). Conclui-se que os países da América do Sul, inclusive o Brasil, possuem baixa taxa de prevalência de tuberculose bovina, porém estratégias relacionadas a vigilância da doença devem ser tomadas aliadas a ações de educação em saúde voltadas aos produtores rurais e a população visando minimizar o risco de ocorrência da tuberculose zoonótica.

Frequência De Lesões Sugestivas De Tuberculose Em Bovinos Abatidos No Estado Do Espírito Santo E Perdas Econômicas Aos Produtores

“…A frequência verificada nesse estudo (0,076%) é inferior ao reportado por Baptista et al (2021), que encontraram uma frequência de 0,28% entre os anos de 2008 a 2012 no Estado de Minas Gerais; mas corrobora os trabalhos de Santos et al (2021), que estabeleceram uma frequência de 0,007% no Estado da Bahia; de Furlanetto et al (2012) que encontraram uma frequência de 0,007% no estado do Mato Grosso; e de Ferreira et al (2020), que determinaram uma frequência de 0,071% em abatedouros no estado do Ceará. A variação da frequência de casos de tuberculose nos abatedouros e estados provavelmente se deve a múltiplos fatores, como a influência do clima e terreno em os bovinos se encontram, as práticas de manejo em conjunto com a adoção de medidas profiláticas utilizadas nos rebanhos e o próprio sistema de criação que pode variar de intensivo e extensivo com criação voltada para corte ou leite (GARCIA et al, 2021).…”

Genomic analysis of Mycobacterium tuberculosis variant bovis strains isolated from bovine in the state of Mato Grosso, Brazil

“…bovis has zoonotic potential and can cause tuberculosis in humans ( 1 ). Transmission to humans can happen directly through the air, in which the pathogen is inhaled in aerosols from infected animals or carcasses, as well as indirectly through contamination through the consumption of contaminated animal products, such as raw milk and other dairy products without heat treatment, and through the consumption of undercooked or raw meat ( 3 , 4 ).…”